COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nem um provável corte na produção fez o petróleo mudar sua trajetória descendente. O barril fechou ontem a US$ 86,59 em Nova York. No mesmo dia, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou uma reunião extraordinária para tentar realavancar os preços.
A cotação do barril caiu 2,7% ante o dia anterior e é 41,2% menor que o pico histórico de US$ 147,27, atingido no dia 11 de julho; é a maior queda desde outubro de 2007.
Na tentativa de frear a baixa, a Opep convocou uma reunião para 18 de novembro. Nos últimos dias, Venezuela e Líbia, dois dos 13 membros do cartel, falaram em corte na produção.
Para o consultor Peter Beutel, da Cameron Hanover, os cortes refletem no preço "por uma ou duas semanas". "Mas num período maior são incapazes de impor mudanças significativas". No mês passado, a Opep diminuiu a produção em 520 mil barris/dia, mas não segurou a baixa. Na quarta, os EUA informaram um aumento de 8,1 milhões em suas reservas, em um sinal de desaceleração econômica.