São Paulo, sábado, 10 de outubro de 2009

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MERCADO DE LUXO

Empresa do estilista japonês Yamamoto pede concordata

DA REDAÇÃO

A empresa do estilista japonês Yohji Yamamoto entrou ontem com pedido de concordata em Tóquio. O pedido ocorreu dois dias depois de a marca italiana Versace fechar suas lojas no Japão.
A companhia de moda informou que a queda do consumo no país e a crise econômica global prejudicaram as vendas de vestuário de luxo, já que as mulheres japonesas têm preferido comprar roupas mais baratas. Essa desaceleração resultou em dívidas de US$ 67 milhões para Yamamoto.
O designer japonês, famoso desde a década de 80 por suas roupas de cortes retos e vestidos minimalistas, poderá continuar a administrar o negócio nesse período de reestruturação da marca.
A empresa comunicou que fez um depósito de reabilitação no Tribunal Distrital de Tóquio para proteger os credores e que as filiais estrangeiras não serão afetadas.
Yamamoto possui lojas no Japão, Bélgica, Reino Unido, França, Hong Kong, Itália e Estados Unidos.
A empresa de investimento Integral Corporation, com sede em Tóquio, informou que assinou acordo para patrocinar a marca japonesa e injetar dinheiro no negócio.
As vendas da empresa caíram de 11,91 bilhões de ienes em 2004 (US$ 132,7 milhões) para 9,58 bilhões de ienes em agosto de 2008 (US$ 106,7 milhões).
De acordo com a agência de notícias Associated Press, as dívidas da marca são maiores que seus ativos.
Como parte do plano de reestruturação, Yoshihiro Integral de Hemmi, ex-vice-presidente da Adidas no Japão, se tornará presidente do conselho da casa de moda.
O estilista Cristian Lacroix também sentiu os efeitos da crise no mercado de luxo. Após ficar sob administração judicial por quatro meses, a empresa controlada pelo grupo americano Falic aceitou na quinta-feira proposta de compra feita pelo xeque árabe Hassan Bin Al Nuaimi, do Emirado de Ajman.

Com agências internacionais



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