São Paulo, quarta-feira, 10 de novembro de 2004

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País é alvo de reclamações de argentinos

DE BUENOS AIRES

A China é o país contra o qual a Argentina aplica atualmente o maior número de medidas antidumping. Em 2003, 25% das importações com suspeita de dumping procediam da China.
Os setores que mais reclamaram de concorrência com o país asiático foram os de produtos químicos e os de fabricação de maquinaria e equipamentos de transporte. No entanto, são as indústrias de calçado e têxtil as que hoje mais se preocupam com a possibilidade de a Argentina vir a reconhecer a China como uma economia de mercado. Segundo o consulado argentino em Xangai, a hora de trabalho na indústria têxtil na China custa entre US$ 0,49 e US$ 0,69.
No momento em que tem dificuldades de atrair investimentos, em decorrência da moratória de parte de sua dívida e em que negocia acordos comerciais com a China, o governo argentino não quer se pronunciar sobre o pedido do país de ser reconhecido como economia de mercado. A Secretaria de Indústria diz que, por ora, não existem informações sobre esse assunto.
Citando fonte do governo não-identificada, o jornal "El Cronista" afirma que o estudo da proposta foi transferido da alçada do Ministério das Relações Exteriores e Comércio Internacional (Rafael Bielsa) para as mãos do ministro da Economia, Roberto Lavagna. O ministério da Economia não nega nem confirma a informação. A assessoria de Bielsa tampouco se manifesta.


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