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AGÊNCIAS
Aneel diz que projeto criará subordinação
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica),
José Mário Abdo, criticou ontem,
em audiência pública no Senado,
pontos do projeto de lei do governo que trata da forma de funcionamento das agências reguladoras e de seu relacionamento com
os ministérios.
A crítica mais forte foi para o
contrato de gestão. "Nós vamos
ter que chamar [o Ministério de
Minas e Energia] de chefe, porque
vai virar uma subordinação."
De acordo com ele, a subordinação aconteceria porque a liberação de verbas para as agências
estaria condicionada ao cumprimento de metas contratuais. Abdo lembrou que a legislação que
criou a Aneel já prevê o contrato
de gestão, mas que ele nunca foi
implementado.
Em sua apresentação, ele sugeriu a eliminação do contrato de
gestão e o fim da subordinação
das agências aos órgãos de defesa
da concorrência. Ele também pediu o fim da "subordinação" e a
obrigação de dar "apoio técnico"
ao Ministério de Minas e Energia.
Apesar das críticas, o diretor-geral da Aneel disse que o texto do
projeto já havia melhorado em relação à idéia original do governo.
Abdo criticou também o contingenciamento de recursos da
agência. Em 2001, foram contingenciados 0,38% do orçamento.
Em 2002, 24%. Em 2003, o corte
foi de 50,57% e, para o orçamento
de 2004, chegou a 56,56%.
De acordo com o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), relator do projeto na Câmara,
o texto será votado assim que a
pauta for liberada. Segundo ele,
isso deve acontecer na semana
que vem ou na seguinte.
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