São Paulo, quarta-feira, 10 de novembro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Valor da subscrição fica abaixo do esperado; dólar recua 0,35% na véspera da reunião do Fed

Telesp Celular aumenta capital, e ações caem

DA REPORTAGEM LOCAL

As ações preferenciais da Telesp Celular Participações lideraram as perdas, entre os 54 papéis mais negociados, no pregão de ontem da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). A queda foi uma resposta do mercado ao anúncio de aumento de capital a ser realizado pela empresa.
Sexto papel mais negociado no dia, a ação PN da Telesp Celular Participações caiu 5,10%.
O preço fixado para o lote de mil ações (R$ 5,00) na subscrição que aumentará o capital da empresa é bem inferior ao seu fechamento de segunda-feira (R$ 6,85). Por isso, investidores se desfizeram dos papéis da tele ontem.
"Houve investidor que correu para vender a ação e fazer caixa para participar da subscrição", diz Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora Sênior.
A subscrição é a preferência dada a um grupo de investidores -normalmente quem já é acionista- para comprar papéis novos, emitidos para fazer o aumento do capital da empresa.
Operadores disseram que o aumento de capital já era esperado, mas que o valor das ações na subscrição veio bem abaixo do estimado pelo mercado.
Para os acionistas minoritários, analistas aconselham a não se desfazer das ações agora. No médio prazo, a expectativa é que os papéis da empresa voltem a subir. A operação pode melhorar a liquidez dos papéis.
Analistas especulam que parte dos recursos levantados com o aumento de capital poderá ser destinada à redução de dívida da empresa. A expectativa é que a operação movimente R$ 2 bilhões e seja concluída até janeiro.
A queda das ações da tele não foi suficiente para derrubar o mercado acionário. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou praticamente estável (pequena alta de 0,02%).
À espera da decisão do Fed (banco central dos EUA), o mercado financeiro teve seu desempenho favorecido pela queda acentuada do barril de petróleo ontem.
As atenções dos investidores estão concentradas na reunião do Fed, que decidirá como ficarão os juros americanos. A estimativa é a de elevação da taxa de 1,75% para 2% anuais.
O dólar fechou em baixa de 0,35%, vendido a R$ 2,827. As projeções dos juros futuros recuaram um pouco na BM&F.
(FABRICIO VIEIRA)


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