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MERCADO FINANCEIRO
Valor da subscrição fica abaixo do esperado; dólar recua 0,35% na véspera da reunião do Fed
Telesp Celular aumenta capital, e ações caem
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações preferenciais da Telesp Celular Participações lideraram as perdas, entre os 54 papéis
mais negociados, no pregão de
ontem da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). A queda foi
uma resposta do mercado ao
anúncio de aumento de capital a
ser realizado pela empresa.
Sexto papel mais negociado no
dia, a ação PN da Telesp Celular
Participações caiu 5,10%.
O preço fixado para o lote de mil
ações (R$ 5,00) na subscrição que
aumentará o capital da empresa é
bem inferior ao seu fechamento
de segunda-feira (R$ 6,85). Por isso, investidores se desfizeram dos
papéis da tele ontem.
"Houve investidor que correu
para vender a ação e fazer caixa
para participar da subscrição",
diz Álvaro Bandeira, diretor da
corretora Ágora Sênior.
A subscrição é a preferência dada a um grupo de investidores
-normalmente quem já é acionista- para comprar papéis novos, emitidos para fazer o aumento do capital da empresa.
Operadores disseram que o aumento de capital já era esperado,
mas que o valor das ações na
subscrição veio bem abaixo do estimado pelo mercado.
Para os acionistas minoritários,
analistas aconselham a não se
desfazer das ações agora. No médio prazo, a expectativa é que os
papéis da empresa voltem a subir.
A operação pode melhorar a liquidez dos papéis.
Analistas especulam que parte
dos recursos levantados com o
aumento de capital poderá ser
destinada à redução de dívida da
empresa. A expectativa é que a
operação movimente R$ 2 bilhões
e seja concluída até janeiro.
A queda das ações da tele não
foi suficiente para derrubar o
mercado acionário. A Bolsa de
Valores de São Paulo fechou praticamente estável (pequena alta
de 0,02%).
À espera da decisão do Fed
(banco central dos EUA), o mercado financeiro teve seu desempenho favorecido pela queda
acentuada do barril de petróleo
ontem.
As atenções dos investidores estão concentradas na reunião do
Fed, que decidirá como ficarão os
juros americanos. A estimativa é a
de elevação da taxa de 1,75% para
2% anuais.
O dólar fechou em baixa de
0,35%, vendido a R$ 2,827. As
projeções dos juros futuros recuaram um pouco na BM&F.
(FABRICIO VIEIRA)
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