|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
APOSENTADORIA
Previdência privada recebe R$ 13 bi no ano
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
Os depósitos em fundos de previdência complementar, aqueles
abertos pelos bancos para a participação de clientes, atingiram R$
13,2 bilhões no período de janeiro
a setembro de 2004, segundo a
Anapp (Associação Nacional da
Previdência Privada). O montante é 33,54% superior ao registrado
no mesmo período de 2003.
O crescimento foi puxado pelas
vendas dos chamados VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres),
uma nova modalidade de fundo
de previdência complementar,
indicada para quem faz a declaração simplificada. O VGBL é um
seguro de vida resgatável e sofre
tributação sobre o que rendeu.
Os depósitos em VGBL atingiram R$ 7,04 bilhões até setembro,
avanço de 70% na comparação
com o mesmo período de 2003.
A receita em vendas com produtos PGBL (Plano Gerador de
Benefícios Livres), o fundo tradicional, cresceu 11,68% até setembro, somando R$ 3,43 bilhões. Os
aportes nos planos tradicionais
totalizaram R$ 2,63 bilhões no período, o mesmo patamar registrado em 2003. O PGBL é indicado
para quem faz a declaração de Imposto de Renda no formulário
completo, que permite o abatimento de até 12% da renda bruta.
Segundo o presidente da
Anapp, Osvaldo Nascimento, o
mercado já esperava pelo avanço
das vendas do VGBL.
O VGBL costuma ser indicado
para contribuintes que declaram
Imposto de Renda pelo modelo
simplificado, já que os aportes no
plano não são dedutíveis.
As reservas técnicas das entidades abertas de previdência complementar -compostas pelos recursos dos participantes- atingiram R$ 56,4 bilhões em setembro,
um incremento de 42,06% em relação a igual período de 2003.
A expectativa da Anapp é fechar
o ano com o patrimônio em cerca
de R$ 60 bilhões. Para 2005, o setor espera chegar a R$ 150 bilhões.
A Anapp sugere a alteração da
MP (medida provisória) 209, que
cria um novo sistema de tributação para os planos de previdência
constituídos a partir de janeiro de
2005. Para esses planos, será possível seguir uma tabela regressiva
de Imposto de Renda, com alíquotas que variam de 35% a 10%,
dependendo do prazo de acumulação das reservas. A alteração sugerida pela entidade é incluir planos antigos sob a nova regra de
tributação.
Texto Anterior: Relações perigosas: Citigroup pretende romper com Opportunity Próximo Texto: Mercado financeiro: Telesp Celular aumenta capital, e ações caem Índice
|