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MERCADO ABERTO
Loyola ataca propostas de Dilma
O ex-presidente do Banco
Central e sócio da consultoria Tendências, Gustavo Loyola, ficou inconformado
com as declarações da ministra
Dilma Rousseff a favor do cumprimento neste ano e em 2006 do
superávit primário de 4,25% do
PIB. A Fazenda defende um superávit maior.
"A entrevista da ministra Dilma Rousseff é uma das coisas
mais esdrúxulas ditas por um
ministro de Estado no campo da
economia", diz Loyola, em artigo
para os clientes da Tendências
intitulado "Fogo muy amigo".
Loyola chama a atenção, em
seu artigo, para a queda-de-braço entre Dilma e o ministro da
Fazenda, Antonio Palocci Filho.
"Além da absoluta incompreensão dos fundamentos de uma política fiscal de longo prazo, a ministra Dilma Rousseff atirou
abertamente contra suas próprias linhas ao insistir no superávit de 4,25%, quando é notório
que o Ministério da Fazenda está
perseguindo um percentual
maior", afirma Loyola.
O ex-presidente do BC também
ataca o governo Lula, chamando-o de confuso. Loyola considerou
um absurdo o fato de, recentemente, a ministra Dilma ter declarado ser favorável a uma inflação de 15% ao ano, desde que isso
viabilizasse o aumento dos investimentos públicos. "Essa é mais
uma prova de que o ministro Palocci e seus comandados enfrentam resistências internas, numa
marca característica do confuso
governo Lula", afirma.
Loyola acha, no entanto, que
são baixas as chances de as propostas defendidas por Rousseff
para a política econômica obterem êxito. "Não é provável, contudo, que tais excentricidades [as
idéias defendidas por Rousseff]
venham a afetar a política econômica, até porque é nessa área que
o governo Lula vem obtendo um
de seus raros sucessos, até quando se colocam em perspectiva as
eleições de 2006", diz o ex-BC.
FRASE
[Dilma Rousseff
mostrou] absoluta
incompreensão
dos fundamentos
de uma política
fiscal de longo
prazo
PARCERIA SUBMARINA
O governo da Bahia desembarca em peso em SP, amanhã, para
vender, na Abdib, seu projeto de
PPP a investidores em construção civil e infra-estrutura. Trata-se do segundo emissário submarino de Salvador, que terá financiamento da Caixa Econômica
Federal e assessoria da KPMG.
NOVO MANDATO
Heron do Carmo (USP) foi
reeleito presidente do Conselho
Regional de Economia de SP para 2006. Foi a primeira vez que
economistas de todo o Estado escolheram diretamente presidente e diretores da entidade.
CENTRO ÚNICO
Respaldada pelo resultado
de seu primeiro empreendimento em São Paulo, a construtora baiana IMC (International Medical Center) já começou a erguer uma segunda
unidade na cidade, em Campo Belo, que deve ser inaugurado em setembro de 2006. A
empresa, que se inspirou em
modelos existentes nos EUA e
na Europa para construir
complexos destinados a abrigar serviços de saúde, como
hospitais, clínicas e laboratórios, entre outros, já negociou
98% da unidade lançada em
junho em Higienópolis, na
capital paulista. "O novo
complexo [com área total de
22 mil m2] terá um hospital
dia e um pronto-atendimento
administrados pelo hospital
Oswaldo Cruz", diz Fabio Navajas, diretor do IMC. Ele estima que o investimento chegará a R$ 80 milhões.
TOQUE BRASILEIRO
Pela primeira vez, um brasileiro assume a presidência da Kodak para a América Latina. O engenheiro Milton Maretti substitui o mexicano Jorge Córdova.
Há 26 anos na empresa, Maretti
ocupou diversos cargos na área
de recursos humanos. Ele deve
acumular a função de diretor de
RH para a região. A subsidiária
da Kodak no Brasil está sob o comando de Sergio Falcon, que assumiu no fim de outubro.
CEREAL NO AR
O mercado de barras de cereais tem crescido na esteira
do aumento do interesse da
população por uma alimentação saudável. Em 1998, quando os primeiros produtos foram lançados, o consumo era
de 80 milhões de unidades/ano. Em 2005, a previsão é chegar a 465 milhões, segundo a
Abia (associação da indústria
da alimentação). Sob esse cenário, a brasileira United
Mills, dona da marca Trio, investe no lançamento de produtos para enfrentar as barras
de chocolate. "As fábricas [de
chocolate] nos vêem como
adversários. Nos supermercados, as barras começam a ser
colocadas ao lado dos chocolates, e isso aumenta nossas
vendas", diz Mário de Oliveira, presidente da empresa.
HOMENAGEM
A Suzano realiza no próximo
dia 22, na Casa Fasano, uma homenagem pelos 30 anos de trabalho de Boris Tabacof, diretor
do grupo e do Ciesp.
PARA EXPORTAR
Conselheiros do FAT e da Finep selaram ontem a liberação
de R$ 8,5 milhões para a Vinícola
Miolo. Os recursos serão usados
na base exportadora da empresa.
VENDA RÁPIDA
Crescente pólo empresarial em
São Paulo, a região da Berrini
também tem atraído moradores.
Após venderem em duas semanas os 168 apartamentos de um
empreendimento residencial de
alto padrão na região -60% no
primeiro dia-, a incorporadora
Tishman Speyer e a construtora
Company anteciparam para este
mês o lançamento da segunda
fase do projeto, antes programado para abril de 2006.
EQUILIBRISTAS
O Ibef (Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças) decidiu
os nomes dos profissionais indicados para concorrer ao prêmio
"O Executivo de Finanças do
Ano - O Equilibrista". São Britaldo Pedrosa Soares, vice-presidente de finanças e de RI do grupo AES Eletropaulo, e Fábio
Schvartsman, diretor financeiro
e de RI da Ultrapar Participações. O nome do vencedor será
anunciado no próximo dia 24.
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