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Aposentadorias podem ter aumento de 7,72% em 2010
Se proposta vingar, projeto prevendo reajuste igual ao mínimo será enterrado
DO "AGORA"
O governo acenou com um
aumento para os aposentados
de até 7,72% para o ano que
vem. O objetivo é garantir que a
emenda ao projeto de lei nº 1/
2007, que concede para as aposentadorias o mesmo reajuste
do salário mínimo, seja definitivamente enterrada. O reajuste pode sair por meio de uma
medida provisória.
Segundo o "Agora" apurou
com fontes das negociações, a
proposta, que deve ser apresentada às centrais sindicais amanhã, prevê aumento acima da
inflação deste ano, que deve ser
de 3,64%, entre 60% e 80% do
crescimento do PIB (Produto
Interno Bruto) de 2008 para
quem ganha mais que o mínimo. O índice depende de estudos do governo.
Pela proposta, o aumento deve ser de 6,7% a 7,72%. Pelas regras atuais, quem ganha mais
que o mínimo teria aumento de
3,64% (a inflação prevista entre
fevereiro e dezembro deste
ano). Já para o piso a previsão é
de 8,74% (inflação mais o PIB
de 2008).
A proposta anterior, acordada em agosto entre o governo e
a Força e a CUT, previa aumento real para os benefícios acima
do mínimo de 50% do PIB, garantindo reajuste de 6,19%.
Essa proposta, dentro de um
pacote de medidas elaboradas
pelo deputado Pepe Vargas
(PT-RS), não foi adiante devido
à falta de consenso entre os
aposentados.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, disse que, por
enquanto, ainda não recebeu
uma proposta diferente. O ministro, porém, afirmou que não
é o único interlocutor do governo que está discutindo uma
proposta de reajuste.
A Cobap (confederação de
aposentados) e a UGT (União
Geral dos Trabalhadores) não
concordaram com o índice proposto -as entidades exigiam
que o aumento dos benefícios
fosse igual ao do salário mínimo. O governo, por sua vez,
afirma que não há como bancar
esse aumento.
De acordo com cálculos do
Ministério da Previdência, esse
reajuste causaria aumento de
R$ 6 bilhões nos gastos do INSS
em 2010 e aumentaria nos anos
seguintes.
O presidente da CUT, Artur
Henrique, afirmou que ainda
não viu novas propostas do governo, mas disse que o aumento de até 7,7% é um avanço na
negociação.
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, disse
que o ideal é sair da negociação
com uma MP, para garantir o
aumento para o próximo ano.
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