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Nos EUA, Federal Reserve mantém
juros em 1% e já não teme deflação
DA REDAÇÃO
O Federal Reserve (banco central dos EUA) decidiu ontem
manter inalterada, em 1% ao ano,
a taxa básica de juros para a economia norte-americana. A taxa
está nesse patamar, o menor em
45 anos, desde junho.
"As evidências acumuladas
confirmam que a produção está
crescendo vigorosamente, e o
mercado de trabalho parece ter
melhorado modestamente", diz o
Fed, em comunicado.
A nota, divulgada após a reunião do comitê de política monetária do BC americano, é a mais
positiva desde o início do ano.
Além de destacar o avanço na atividade e na criação de emprego, o
Fed praticamente descartou a
ameaça de uma deflação no país,
algo tido como provável há apenas seis meses.
Economistas mais pessimistas
chegaram a falar que os EUA flertavam com o risco de cair em um
processo de estagnação econômica e deflação semelhante ao que
afeta o Japão há dez anos.
"A probabilidade de uma indesejada queda nos preços diminuiu nos últimos meses e agora
parece quase igual à de uma alta
na inflação", afirma o comunicado da instituição.
De acordo com o Fed, não há
pressões inflacionárias. Por isso,
as taxas de juros deverão permanecer baixas "por um período
considerável", afirma o texto do
comunicado.
Para os analistas, os comentários do Fed foram mais otimistas
do que o esperado. Economistas
dizem que o BC americano já começa a preparar o terreno para
uma alta na taxa de juros, que poderá ocorrer em meados do ano
que vem. Instituições financeiras
americanas calculam que a elevação na taxa deva ocorrer na reunião de junho.
"Com certeza eles [os diretores
do Fed] estão mais otimistas sobre a situação da economia", afirmou Lynn Reaser, economista-chefe do Banc of America Capital
Management.
O comunicado do Fed provocou uma ligeira alta no mercado
de juros futuros. Mas as taxas ainda permanecem bastante baixas
em termos históricos. Os títulos
com vencimento em dois anos, os
de mais curto prazo, encerraram
o dia oferecendo um retorno de
1,97% ao ano.
As Bolsas, por outro lado, encerraram o dia em baixa. O índice
Dow Jones, depois de passar dos
10 mil pontos pela primeira vez
em seis meses, fechou em queda
de 0,4%, a 9.922 pontos.
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