São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

DESACELERAÇÃO
Os grandes exportadores de commodities agrícolas, como Brasil e Estados Unidos, estão sentindo a desaceleração econômica mundial. Os dados dos dois países referentes a novembro já registram ritmo menor do que o setor vinha obtendo.

NO BRASIL
As exportações brasileiras, pela força adquirida no primeiro semestre, quando os preços estavam altamente favoráveis, somam o recorde de US$ 67 bilhões de janeiro a novembro, devendo fechar o ano com valores superiores a US$ 70 bilhões.

MENOR DO ANO
Em julho, auge dos preços internacionais das commodities agrícolas, as exportações brasileiras haviam superado em 50% as de igual mês de 2007. Em outubro, quando a crise financeira já se alastrava pelo mundo, a alta foi de 9,8% sobre o ano anterior, recuando para 3,3% em novembro, o menor patamar do ano.

CAIU MENOS
As importações também desaceleraram, mas em ritmo menor. Ao somar US$ 933 milhões no mês passado, ainda houve crescimento de 15% sobre os gastos do mesmo mês de 2007. O saldo acumulado das importações até novembro é de US$ 10,9 bilhões, 39% a mais do que em igual período anterior.

SALDO BOM
Mesmo com ritmo menor das vendas externas nos dois últimos meses, o saldo do agronegócio ainda ficará próximo de US$ 60 bilhões. Conforme dados do Ministério da Agricultura, esse saldo já somava US$ 56 bilhões até o mês passado.

NOS ESTADOS UNIDOS
Os EUA não vivem situação diferente da do Brasil. As exportações agrícolas, que somaram US$ 115,5 bilhões no ano fiscal de 2008, encerrado em setembro,devem recuar para US$ 98,5 bilhões em 2009, conforme estimativas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

CAMINHO INVERSO
Já as importações norte-americanas de produtos agrícolas não devem recuar. Após terem atingido US$ 79,3 bilhões no ano fiscal de 2008, devem atingir US$ 81 bilhões no próximo, segundo o Usda. Com isso, o superávit, que estava previsto em US$ 30 bilhões, recua para US$ 17,5 bilhões no próximo ano.

ONDE MELHOROU
As principais receitas dos norte-americanos vieram das exportações de grãos. Em 2005, os Estados Unidos recebiam US$ 15,9 bilhões com as vendas de grãos. Neste ano, as receitas subiram para US$ 38,3 bilhões, mas recuam para US$ 28,3 bilhões no próximo ano, segundo estimativas do Usda.


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