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Novo avião militar deve fazer o 1º voo em 2014
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Seja qual for o presidente
em 2014, já está prevista uma
cerimônia nesse ano ao qual
ele (ou ela) deverá comparecer. Segundo o presidente da
Embraer, Frederico Curado,
essa é a data prevista para o
primeiro voo do principal
projeto da empresa na área
de defesa, o cargueiro militar
tático KC-390.
Se tudo correr como planejado, em 2016 começará a
operação do avião na FAB e,
em seguida, com sorte, em
outras forças aéreas que encomendarem o modelo.
A Embraer estima em cerca de 700 aeronaves a demanda futura desse tipo de
avião de transporte, para
substituir modelos clássicos,
como o americano C-130
Hercules, operado pela FAB
e dezenas de outras forças
espalhadas pelo planeta.
Mais do que a participação
no projeto FX-2, do futuro
caça da FAB, o projeto KC-390 é o que mais empolga a
área de defesa da Embraer.
Seja qual for o vencedor da
concorrência pelo caça, a
Embraer terá apenas uma
participação modesta na sua
integração na Força Aérea,
apesar de estar previsto que
adquira novas tecnologias no
processo.
E a escolha do governo pode não ser a que mais agrade
à empresa. O caça francês
Rafale pode ter sido elogiado
pelo presidente e pelo ministro da Defesa, mas não é o
preferido nem de muitos oficiais da FAB nem da indústria aeroespacial e eletrônica. O americano Super Hornet e o sueco Gripen são mais
bem avaliados.
Já o cargueiro militar não
envolve necessariamente
participação estrangeira.
Além de ter um grande mercado potencial, será o maior
avião produzido pela empresa na sua história de 40 anos.
Como diz a sigla, tirada da
terminologia da força aérea
americana, o KC-390 terá
dupla função: reabastecimento, em voo, de outras aeronaves (o "K") e o transporte de carga (o "C").
Outros produtos importantes da área de defesa da
empresa são o avião de ataque leve Super Tucano, vendidos a vários países latino-americanos, e os aviões-radar e de sensoriamento remoto.
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