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TRABALHO
Sindicatos ligados à CUT aceitam redução de salário, desligamento voluntário anual e corte de aposentados
Acordo evita demissão em massa na Volks
MAURICIO ESPOSITO
de Reportagem Local
A Volkswagen e os sindicatos de
metalúrgicos do ABC e de Taubaté
chegaram a um acordo inédito para evitar demissões em massa.
Dos 26 mil trabalhadores que a
Volkswagen emprega nas fábricas
de São Bernardo e Taubaté, a empresa ameaçava demitir 7.500 para
adequar sua produção às vendas,
que estão em queda e devem continuar em patamares baixos nos primeiros meses de 99.
Após um mês de negociações, a
montadora descartou demissões
imediatas em troca do aval dos representantes dos trabalhadores
para redução de gastos com os funcionários. Os sindicatos, filiados à
CUT (Central Única dos Trabalhadores), aceitaram reduzir a jornada de trabalho e os salários de parte dos funcionários, proposta sempre foi repudiada pela central.
A Volkswagen irá adotar a jornada de quatro dias por semana na
maior parte do mês, o que corresponderá a uma carga semanal de
35 horas -a atual é de 42 horas.
Os funcionários que ganham
mais de R$ 2.416 por mês (cerca de
13% do total) terão redução de 15%
nos salários, compensada parcialmente pelo reajuste de 2,98% e pela participação nos lucros.
A empresa demitirá aposentados
e criará novos programas de demissões voluntárias.
O vice-presidente de Recursos
Humanos da Volkswagen, Fernando Tadeu Perez, afirmou que o efetivo de funcionários vai depender
do volume de produção.
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