São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2001

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Custo já passa de R$ 2,3 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

A tentativa de mudar a marca e o logotipo da Petrobras custou até agora mais de R$ 2,3 milhões. Desse total, cerca de R$ 1,3 milhão foi gasto em dezembro para anunciar nos meios de comunicação que a Petrobras ia virar PetroBrax. Os estudos e a concepção da nova identidade visual da empresa custaram mais R$ 1 milhão.
Como o processo foi interrompido, a estatal suspendeu o pagamento de mais duas parcelas de R$ 202,5 mil cada. Essas faturas pagariam o desenho final da nova marca e a mudança no figurino dos postos de gasolina da estatal.
O presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, recebe hoje de seus assessores o resultado de uma auditoria interna que mandou fazer no processo de contratação da Und S/C, empresa escolhida sem licitação para repaginar a marca Petrobras.
Reichstul encomendou o pente-fino nos contratos na última segunda-feira por causa da péssima repercussão em torno do anúncio da mudança no nome.
Diretores da Petrobras receberam a informação, ontem, de que, na opinião dos responsáveis pela auditoria, os contratos com a Und foram feitos de forma regular.
Quanto ao custo do projeto, a direção da estatal vai sustentar que o valor de seu contrato está dentro do padrão praticado na encomenda de serviços semelhantes. Os funcionários da estatal têm para mostrar várias notícias sobre mudanças nas marcas de outras companhias.
Conseguiram ainda uma carta assinada por Roberto Duailibi, da agência de propaganda DPZ, atestando que em 1999 a Sadia gastou R$ 3 milhões no projeto de reformulação de sua marca e na publicidade sobre o assunto.
A contratação da Und sem licitação, por sua vez, é atribuída a uma necessidade de sigilo empresarial. Além disso, de acordo com a auditoria, a empresa nesse caso estava autorizada a dispensar a concorrência pública.
De acordo com Reichstul, como a Petrobras hoje sofre a concorrência de outras empresas, não seria razoável anunciar publicamente seus planos estratégicos.
E a mudança da marca faz parte de um processo maior, que inclui o reposicionamento no Brasil e no exterior. A estatal quer deixar de ser -e de ser vista- apenas como uma empresa de petróleo, para ser uma empresa do ramo de energia que também extrai, refina e vende combustível. (DF e FP)


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