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Indústria de SP recua 1% em novembro
Pará, Minas Gerais e Espírito Santo registraram crescimento da produção, puxados pelas commodities
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Afetada pela freada do setor
automobilístico, a produção da
indústria paulista caiu 1% de
outubro para novembro, já descontados os efeitos sazonais,
informou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Pernambuco e
Ceará tiveram retração igual.
A produção paulista registrou expansão de 1,6% em outubro, beneficiada pela retomada das montadoras, após as greves de setembro. Depois, diz o
IBGE, elas ajustaram a produção. "O setor automobilístico
tem peso importante na indústria paulista e acreditamos que
ele tenha sido a principal pressão negativa", disse André Macedo, técnico da Coordenação
de Indústria do IBGE.
De janeiro a novembro de
2006, a produção da indústria
paulista ficou em 3,6%, acima
da média nacional (3,1%). Na
comparação com novembro de
2005, cresceu 3% -a média do
país ficou em 4,2%. Neste ano, a
indústria paulista foi impulsionada pelos ramos de informática -graças ao barateamento
dos componentes devido ao
câmbio-, máquinas e equipamentos, celulares e alimentos.
Já na indústria de alimentos,
o destaque foi a produção de
açúcar, alavancada pelo aumento das exportações e dos
preços internacionais.
No Rio de Janeiro, a retração
de 0,1% se explica pela parada
programada de parte das atividades de uma refinaria. No ano,
a produção da indústria fluminense acumula alta de 2,1%.
Segundo Macedo, os dados
mostram que há um bloco de
Estados cujo desempenho é
puxado pelo avanço das commodities e da indústria extrativa. São exemplos Pará (17,3%) e
Minas Gerais (7,4%), com a extração de minério de ferro, e
Espírito Santo (10,8%), com o
beneficiamento do minério de
ferro, a siderurgia para exportação e a produção de petróleo.
Na outra ponta, o dólar barato e os conseqüentes desestímulo às exportações e aumento
da competitividade das importações afetaram o Paraná (-1,9%), que concentra indústrias
madeireiras exportadoras; o
Rio Grande do Sul (-2,2%), com
o fraco desempenho de máquinas agrícolas e calçados; e o
Amazonas (-2,3%), com o recuo
da produção de celulares para
exportação no acumulado do
ano.
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