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Economia global segue vulnerável, avalia Fórum
Governos não se adequaram para enfrentar as ameaças
DA REDAÇÃO
Riscos globais em diversas
áreas, incluindo a economia,
acentuaram-se nos últimos 12
meses. Essa deterioração, porém, não foi acompanhada por
melhora na capacidade do
mundo de lidar com as ameaças, diz relatório divulgado pelo
Fórum Econômico Mundial.
A maioria dos 23 riscos para
os próximos dez anos se agravou em 2006, inclusive os cinco
diretamente relacionados à
economia global. "Apesar de
crescer mais rapidamente do
que em qualquer outra época
na história, a economia mundial continua vulnerável", analisa o relatório do organismo
internacional.
Um novo choque do petróleo
e falhas no fornecimento de
energia, o déficit em conta corrente dos EUA, a preocupação
com o enfraquecimento do
crescimento ("hard landing")
da China, crises fiscais causadas por mudanças demográficas e correções em preços inflacionados (referência às "bolhas" nos mercados imobiliários") são as cinco principais
ameaças econômicas.
Os demais riscos são divididos em ambientais (como tempestades tropicais), geopolíticos (terrorismo ou guerras, entre outros), sociais (pandemias) e tecnológicos (riscos ligados à nanotecnologia).
No caso do petróleo, o documento elaborado não faz menção ao atual estágio de queda
das cotações. Afirma que, embora haja projeções de que a capacidade de produção irá crescer para atender à demanda, o
mercado de energia continua
"apertado" e, portanto, altamente vulnerável a choques
naturais ou especulativos.
O Fórum ainda especula sobre um cenário de choque do
petróleo, sem, no entanto, discriminar se o quadro é provável
ou improvável, pior ou melhor.
Prevê que os países não saberão
lidar com cotações que superarem US$ 150, especialmente
devido à fragmentação da comunidade internacional.
Esse, aliás, é um dos principais recados do relatório, o de
que deve haver cooperação entre governos de diferentes países e a esfera privada. "Sem o
compromisso integral de EUA
e China, será extremamente difícil tratar dos riscos globais de
forma bem-sucedida."
Recomendações
O documento apresenta ainda uma série de medidas necessárias de forma a "combater" as
ameaças globais, muitas relacionadas à preocupação com a
deterioração do clima.
Uma recomendação é levar
em conta as mudanças climáticas nas ações relacionadas a assegurar o fornecimento de
energia. Outra é iniciar "com
urgência" os trabalhos para um
acordo que substitua o Protocolo de Kyoto (pacto internacional para reduzir as emissões
de gases de efeito estufa).
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