São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Déficit dos EUA com a China vai a US$ 214 bi

No total, saldo negativo da balança americana até novembro é de US$ 765 bi

País asiático, por outro lado, encerra 2006 com superávit comercial histórico de US$ 177 bi, aumento de 74%


DA REDAÇÃO

O déficit comercial dos Estados Unidos com a China alcançou valor recorde no acumulado de 11 meses até novembro e somou US$ 214 bilhões, informou ontem o Departamento de Comércio americano. A China representa mais de 25% do déficit comercial total dos EUA.
O saldo negativo total dos Estados Unidos em 2006 já soma US$ 765 bilhões -o que deve levar o país a registrar desequilíbrio recorde em seu comércio exterior pelo quinto ano consecutivo- e se encaminha para valor ainda maior neste ano. Em 2005, o valor foi de US$ 717 bilhões.
Apesar das elevações consecutivas, em novembro houve redução de 1%, para surpresa dos analistas: US$ 58,2 bilhões negativos, cifra mais baixa desde julho de 2005. Em outubro, o déficit foi de US$ 58,8 bilhões, e a maioria dos analistas calculou que se elevaria para quase US$ 60 bilhões, empurrado pela demanda de final do ano.
Mas a desvalorização do dólar -que em 2006 perdeu 3,8% de seu valor ante a uma cesta de moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA- e o maior ritmo da atividade econômica na Europa e Japão ajudaram a aliviar o déficit. O aumento de 0,9% das exportações em novembro deu um empurrão no crescimento da economia no quarto trimestre. Somou-se a isso a redução na importação de petróleo, com queda de 9,5% em novembro, valor mais baixo desde fevereiro.
Enquanto os EUA registram déficit crescente, a China não pára de aumentar seu superávit. O saldo positivo comercial chinês em 2006 alcançou recorde de US$ 177 bilhões, valor 74% superior ao ano anterior, segundo a agência estatal Xinhua. Exportações cresceram 27% em relação a 2005 e acumularam US$ 960 bilhões, contra US$ 791,6 bilhões das importações. Os valores superam as previsões do Ministério do Comércio e indicam nova onda de pressões para que Pequim acelere a valorização do yuan a fim de reduzir as disparidades na competição outros países. Os principais parceiros comerciais da China continuam sendo União Européia, Estados Unidos e Japão.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Vaivém das commodities
Próximo Texto: Pagamento de executivos da Varig é alvo de investigação
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.