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Déficit dos EUA com a China vai a US$ 214 bi
No total, saldo negativo da balança americana até novembro é de US$ 765 bi
País asiático, por outro lado, encerra 2006 com superávit comercial histórico de US$ 177 bi, aumento de 74%
DA REDAÇÃO
O déficit comercial dos Estados Unidos com a China alcançou valor recorde no acumulado de 11 meses até novembro e
somou US$ 214 bilhões, informou ontem o Departamento de
Comércio americano. A China
representa mais de 25% do déficit comercial total dos EUA.
O saldo negativo total dos Estados Unidos em 2006 já soma
US$ 765 bilhões -o que deve
levar o país a registrar desequilíbrio recorde em seu comércio
exterior pelo quinto ano consecutivo- e se encaminha para
valor ainda maior neste ano.
Em 2005, o valor foi de US$ 717
bilhões.
Apesar das elevações consecutivas, em novembro houve
redução de 1%, para surpresa
dos analistas: US$ 58,2 bilhões
negativos, cifra mais baixa desde julho de 2005. Em outubro,
o déficit foi de US$ 58,8 bilhões,
e a maioria dos analistas calculou que se elevaria para quase
US$ 60 bilhões, empurrado pela demanda de final do ano.
Mas a desvalorização do dólar -que em 2006 perdeu 3,8%
de seu valor ante a uma cesta de
moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA- e o
maior ritmo da atividade econômica na Europa e Japão ajudaram a aliviar o déficit. O aumento de 0,9% das exportações
em novembro deu um empurrão no crescimento da economia no quarto trimestre. Somou-se a isso a redução na importação de petróleo, com queda de 9,5% em novembro, valor
mais baixo desde fevereiro.
Enquanto os EUA registram
déficit crescente, a China não
pára de aumentar seu superávit. O saldo positivo comercial
chinês em 2006 alcançou recorde de US$ 177 bilhões, valor
74% superior ao ano anterior,
segundo a agência estatal Xinhua. Exportações cresceram
27% em relação a 2005 e acumularam US$ 960 bilhões, contra US$ 791,6 bilhões das importações. Os valores superam
as previsões do Ministério do
Comércio e indicam nova onda
de pressões para que Pequim
acelere a valorização do yuan a
fim de reduzir as disparidades
na competição outros países.
Os principais parceiros comerciais da China continuam sendo União Européia, Estados
Unidos e Japão.
Com agências internacionais
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