Mercado avalia dados da balança comercial chinesa

DA REPORTAGEM LOCAL

A semana começa agitada com o mercado analisando o resultado da balança comercial da China, país que mantém relacionamento comercial com todo o mundo. O país divulgou ontem aumento de 17,7% nas exportações em dezembro, indicador que aponta para retomada econômica dos principais parceiros do gigante asiático. Foi o primeiro crescimento das exportações em 14 meses (leia texto à pág B6).
Na agenda de hoje também está programada a apresentação dos dados de inflação ao produtor alemão, referentes ao mês de dezembro.
Amanhã, a agenda econômica norte-americana começa a esquentar, com a apresentação da balança comercial e da confiança do consumidor nos Estados Unidos. O dia ainda traz a divulgação de números do comércio exterior e dos preços de imóveis na Inglaterra.
A partir de quarta-feira, uma ampla lista de eventos está programada para ser conhecida.
Dados da produção industrial na zona do euro e no Reino Unido estão entre os dados a serem apresentados.
Ainda na agenda de quarta na Europa está programada a divulgação do resultado do PIB na Alemanha e no Reino Unido.
Nos Estados Unidos, dados do Orçamento e o livro bege completam o dia. O livro bege é uma compilação de dados feita periodicamente pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e que mostra a evolução da economia.
A quinta-feira traz na reunião do BCE (Banco Central Europeu) o evento de maior destaque. O mercado espera que o BCE mantenha sua taxa básica de juros em 1% ao ano. O que pode trazer novidades é a nota a ser apresentada pela autoridade monetária no fim de sua reunião. Dados de inflação na Alemanha e de vendas no setor varejista nos EUA completam a agenda do dia.
Na sexta-feira, os americanos se deparam com uma série de dados econômicos, como a confiança do consumidor calculada pela Universidade de Michigan, a produção industrial e a utilização da capacidade instalada do país.
"Para a semana, o mercado precisa digerir a continuidade de destruição de postos de trabalho nos EUA, divulgado na sexta feira. A agenda doméstica também está bem parada e as atenções ficarão voltadas para os dados norte americanos", afirma José Góes, economista da Wintrade. Góes destaca o livro bege, as vendas no varejo e a produção industrial nos EUA como pontos a serem observados na semana.

Dados internos
O evento mais relevante na semana no país será a divulgação do resultado do IPCA fechado de 2009. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é utilizado pela autoridade monetária para acompanhar sua meta de inflação.
Para 2009, a meta era de 4,5% de IPCA acumulado. A expectativa do mercado é a de que o IPCA tenha ficado abaixo desse patamar, em torno de 4,25% no ano.
Quando a meta de inflação é ameaçada, o governo acaba por elevar a taxa de juros, como forma de desaquecer a economia e evitar a pressão dos preços.
Para este ano, o mercado trabalha com taxas de juros mais elevadas. Isso ocorreria devido à esperada expansão da economia brasileira.
A agenda brasileira tem ainda outros dados importantes para serem apresentados. As vendas no varejo em novembro, a ser apresentada pelo IBGE na quinta, são um dos destaques. Na sexta, haverá ainda o resultado do IGP-10 de janeiro, um dos primeiro indicadores de inflação do ano.


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