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São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 2003

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TEMPERO TROPICAL

Mattel aproveita sucesso de Gisele Bündchen, mas veste a boneca com biquíni comportado

Barbie vai ter modelo "Rio de Janeiro"

Divulgação
A nova Barbie, com o Ken e amigas


ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na tentativa de pegar carona na onda de sucesso das modelos do país lá fora, a Mattel, fabricante norte-americana de brinquedos, criou a primeira Barbie brasileira. Líder mundial de vendas -só no Brasil, uma Barbie é vendida a cada três minutos-, ela chamará Barbie Rio de Janeiro, vestirá biquínis muito bem comportados, mas não será produzida aqui.
O produto começou a ser vendido no mundo no final de janeiro. Será o novo modelo de exportação da marca-que faturou US$ 4,9 bilhões em 2002- e deve ser comercializado em 150 países, todos os locais em que a companhia tem atuação.
Toda a fabricação da boneca ocorrerá na Califórnia e, portanto, o produto será importado pela filial no Brasil -o que deve salgar um pouco o preço do brinquedo por conta da desvalorização do real.
O fabricante informa que irá sugerir um preço acessível ao consumidor: R$ 26,90.

Medidas impossíveis
O fato de ser uma Barbie "carioca" em nada alterou o padrão de roupas ou medidas definidos para as bonecas da marca. Os biquínis têm o mesmo tamanho do discreto modelo da Barbie Malibu ou da Barbie Palm Beach, lançadas há anos.
Nem mudanças ocorreram com as medidas da moça. Se ela tivesse forma humana, teria 95 cm de busto, 45 cm de cintura e 82 cm de quadril, números praticamente impossíveis de serem alcançados até pela modelo Gisele Bündchen -cujo sucesso lá fora foi um dos fatores desse lançamento.
Gisele tem 86 cm de busto, 59 cm de cintura e 85 cm de quadril, bem além das medidas da Barbie brasileira.
Como já é padrão da marca, 25% do faturamento da empresa será destinado para ações de marketing -que devem incluir o lançamento.
A idéia é "turbinar" a receita da companhia com a linha Barbie, que até cresceu no ano passado (6%), porém menos do que a linha infantil Fisher-Price (8%), formada por carrinhos, bonecos, entre outros.
A companhia não dá detalhes sobre previsão de faturamento ou exportação com o novo modelo da boneca, que em 40 anos de existência (1960 a 2000) vendeu 1 bilhão de unidades no mundo.


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