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Foco
Lages, em Santa Catarina, perde vôos regulares e vê restrição a desenvolvimento
DA REPORTAGEM LOCAL
Com 180 mil habitantes,
unidades da Klabin e da AmBev e várias hidrelétricas em
construção na região, o município catarinense de Lages,
a 250 km de Florianópolis,
coloca a falta de vôos regulares como uma das restrições
para o seu desenvolvimento.
Há cerca de quatro anos,
ela deixou de ser atendida
por tráfego aéreo regular. Segundo a Acil, associação comercial e industrial da cidade, já houve indústrias que,
por conta disso, desistiram
de se instalar na região.
"Temos as maiores unidades da Klabin, a maior unidade da AmBev, uma grande
unidade da Perdigão e mais
de 17 usinas hidrelétricas em
construção. A demanda de
pessoal que vem de São Paulo
para cá é grande, ou seja, temos um problema sério", diz
Joaquim Goulart Júnior, secretário de Desenvolvimento
Econômico.
"Hoje, todo mundo quer
estar o mais rápido possível
no lugar mais distante. O empresariado não quer se deslocar para Florianópolis para
pegar um vôo", diz Antônio
Carlos Floriani, da Acil.
Os vôos regulares foram
interrompidos por conta das
condições do aeroporto do
município. "A topografia do
nosso aeroporto não é muito
regular. Os jatos conseguiriam pousar se fosse dia claro, mas não quando havia necessidade de aproximação
por instrumentos [tipo de
pouso em que o piloto é
orientado por aparelhos]",
diz Ricardo Sell Wagner, da
diretoria da Acil, que foi piloto da Varig por 38 anos e se
aposentou há quatro.
Um novo aeroporto está
sendo construído na cidade
de Correia Pinto, que fica a 17
km de Lages.
(MAELI PRADO)
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