São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2007

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Foco

Lages, em Santa Catarina, perde vôos regulares e vê restrição a desenvolvimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Com 180 mil habitantes, unidades da Klabin e da AmBev e várias hidrelétricas em construção na região, o município catarinense de Lages, a 250 km de Florianópolis, coloca a falta de vôos regulares como uma das restrições para o seu desenvolvimento.
Há cerca de quatro anos, ela deixou de ser atendida por tráfego aéreo regular. Segundo a Acil, associação comercial e industrial da cidade, já houve indústrias que, por conta disso, desistiram de se instalar na região.
"Temos as maiores unidades da Klabin, a maior unidade da AmBev, uma grande unidade da Perdigão e mais de 17 usinas hidrelétricas em construção. A demanda de pessoal que vem de São Paulo para cá é grande, ou seja, temos um problema sério", diz Joaquim Goulart Júnior, secretário de Desenvolvimento Econômico.
"Hoje, todo mundo quer estar o mais rápido possível no lugar mais distante. O empresariado não quer se deslocar para Florianópolis para pegar um vôo", diz Antônio Carlos Floriani, da Acil.
Os vôos regulares foram interrompidos por conta das condições do aeroporto do município. "A topografia do nosso aeroporto não é muito regular. Os jatos conseguiriam pousar se fosse dia claro, mas não quando havia necessidade de aproximação por instrumentos [tipo de pouso em que o piloto é orientado por aparelhos]", diz Ricardo Sell Wagner, da diretoria da Acil, que foi piloto da Varig por 38 anos e se aposentou há quatro.
Um novo aeroporto está sendo construído na cidade de Correia Pinto, que fica a 17 km de Lages.
(MAELI PRADO)


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