São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2007

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Empresas querem aporte estatal em "hubs"

DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL

As companhias aéreas defendem investimentos do governo para incentivar a criação de "hubs" (centros de distribuição de vôos) secundários. Segundo representantes das companhias ouvidos pela Folha, sem incentivos fiscais, tarifas menores e iniciativas de governo, não há como reduzir a concentração do tráfego aéreo em São Paulo e Brasília.
Segundo André Luiz Patrão, diretor de Planejamento da Varig, há outras capitais com condições de se tornar centros distribuidores de vôos, como Rio, Curitiba e Recife.
Para ele, a concentração não é sinal de saúde do mercado. "É uma guerra em que todo mundo briga pela mesma migalha." Apesar disso, enfatiza que nenhuma companhia vai abrir mão dos aeroportos mais disputados sem incentivos. "O governo poderia estimular isso com taxas aeroportuárias, e os governos locais, com redução de impostos em combustíveis. Precisa ser feito sem beneficiar uma ou outra companhia."
Para Patrão, o governo deveria criar modelo específico de financiamento para o desenvolvimento das empresas, com apoio do BNDES. Carlos Ebner, presidente da OceanAir, diz que os "hubs" precisam também ter boa localização. "São Paulo está na reta que faz Sul e Nordeste, Brasília está no meio do país, mas há necessidade de mudança da concentração em São Paulo."
Ebner defende um plano diretor para São Paulo com criação de via expressa ou outro meio de transporte que viabilize a atração de passageiros para vôos em Viracopos e Guarulhos. Ele também defende a volta da suplementação tarifária para os vôos regionais. TAM e Gol não quiseram se pronunciar.


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