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Empresas querem aporte estatal em "hubs"
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
As companhias aéreas
defendem investimentos
do governo para incentivar a criação de "hubs"
(centros de distribuição de
vôos) secundários. Segundo representantes das
companhias ouvidos pela
Folha, sem incentivos fiscais, tarifas menores e iniciativas de governo, não há
como reduzir a concentração do tráfego aéreo em
São Paulo e Brasília.
Segundo André Luiz Patrão, diretor de Planejamento da Varig, há outras
capitais com condições de
se tornar centros distribuidores de vôos, como
Rio, Curitiba e Recife.
Para ele, a concentração
não é sinal de saúde do
mercado. "É uma guerra
em que todo mundo briga
pela mesma migalha."
Apesar disso, enfatiza que
nenhuma companhia vai
abrir mão dos aeroportos
mais disputados sem incentivos. "O governo poderia estimular isso com
taxas aeroportuárias, e os
governos locais, com redução de impostos em combustíveis. Precisa ser feito
sem beneficiar uma ou outra companhia."
Para Patrão, o governo
deveria criar modelo específico de financiamento
para o desenvolvimento
das empresas, com apoio
do BNDES. Carlos Ebner,
presidente da OceanAir,
diz que os "hubs" precisam também ter boa localização. "São Paulo está na
reta que faz Sul e Nordeste, Brasília está no meio do
país, mas há necessidade
de mudança da concentração em São Paulo."
Ebner defende um plano diretor para São Paulo
com criação de via expressa ou outro meio de transporte que viabilize a atração de passageiros para
vôos em Viracopos e Guarulhos. Ele também defende a volta da suplementação tarifária para os vôos
regionais. TAM e Gol não
quiseram se pronunciar.
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