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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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Banco eleva avaliação de títulos brasileiros

DA FOLHA ONLINE

O banco de investimentos norte-americano Merrill Lynch melhorou ontem a recomendação de compra dos títulos da dívida externa do Brasil.
Agora, os títulos perdem a avaliação de "underweight" (com potencial de valorização abaixo da média do mercado) e passam a ter avaliação de "market weight" (dentro da média).
Já a agência de classificação de risco Fitch desistiu de rebaixar o "rating" (classificação de risco) da dívida soberana do Brasil.
A Fitch alterou a perspectiva para a nota do país de "negativa" para "estável". Isso significa que a agência não pretende rebaixar mais a nota do país, ao menos no curto prazo.
A classificação da Fitch sobre a dívida em moeda estrangeira do Brasil permanece sendo "B", ou cinco degraus abaixo do chamado "investment grade" -que inclui apenas papéis de baixo risco para investidores.

Portfólio de guerra
O Merrill Lynch também reconheceu que se precipitou ao criar um "portfólio de guerra" recomendando a redução dos investimentos em países emergentes. "Nosso portfólio se mostrou prematuro e teve pouca procura no mercado. Desde que colocamos essa estratégia para funcionar, os títulos da dívida de mercados emergentes tiveram valorização de cerca de 4,5%", informou o Merrill Lynch, por meio de nota divulgada ontem.
Os papéis brasileiros foram os que deram maior retorno para os investidores no início deste ano por estarem bastante baratos.

Fuga do risco
Muitos bancos de investimento acreditavam que os investidores evitariam o risco em mercados emergentes devido à provável guerra EUA-Iraque. Por isso, recomendaram a redução da exposição ao Brasil. Mas nas últimas semanas o movimento dos investidores foi exatamente o oposto.
O Merrill Lynch também elevou suas perspectivas de valorização dos papéis do Equador e reduziu os da Bulgária.


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