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INVESTIMENTOS
Poupança perde R$ 2,6 bi em dois meses
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A fuga dos investidores das cadernetas de poupança continuou
a crescer em fevereiro, segundo
dados do Banco Central. No mês
passado, os saques superaram em
R$ 1,608 bilhão os depósitos nas
cadernetas. O saldo total das aplicações nas cadernetas caiu para
R$ 139 bilhões.
Com a captação negativa de R$
1,016 bilhão que a caderneta de
poupança havia registrado em janeiro, o volume acumulado nos
dois primeiros meses do ano subiu para R$ 2,624 bilhões.
Já os fundos de investimento registraram captação positiva. Entre janeiro e fevereiro, o total de
recursos aplicados nos fundos
cresceu R$ 3,6 bilhões e chegou a
R$ 347 bilhões. O crescimento inclui, além dos depósitos, o rendimento acumulado pela aplicação
no mês passado.
A fuga das cadernetas se observa desde o final de 2002, depois de
amenizados os efeitos da crise que
atingiu os fundos de investimento
em maio passado, quando o BC e
a CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) mudaram as normas
que regem o setor.
Com as mudanças, os fundos
foram obrigados a contabilizar
seus investimentos (títulos públicos, em sua maioria) de acordo
com seu valor de mercado. Até
então, essa conta era feita pelo valor de aquisição dos papéis.
Os fundos registraram então
fortes perdas, devido à queda no
valor de mercado dos títulos públicos. Na época, a desvalorização
refletia o temor de o governo não
honrar sua dívida.
Assustados com as perdas, muitos investidores trocaram os fundos pelas cadernetas. Em junho
do ano passado, a poupança teve
uma captação recorde de mais de
R$ 5 bilhões. A volta aos fundos só
começou a acontecer em outubro.
A alta da inflação também afugenta os investidores da poupança -apesar de nem os fundos de
investimento estarem vencendo a
alta de preços.
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