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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Negociações demonstram que expectativa é que taxa seja mantida na próxima reunião do Copom

Juros recuam e chegam próximo da Selic

DA REPORTAGEM LOCAL

Em dia bastante negativo para o mercado local, os juros futuros encontraram espaço para recuar mais um pouco. Com isso, as projeções dos juros nos contratos de prazo mais curto negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) já estão próximas da atual taxa básica.
Grosso modo, os números do mercado futuro indicam a expectativa dos investidores de que a taxa básica (Selic) não deve ser alterada na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). No mês passado, o Copom elevou a taxa de 25,5% para os atuais 26,5% ao ano.
No fechamento dos negócios ontem na BM&F, o contrato DI -que considera os juros cobrados entre os bancos- com prazo em abril fechou com taxa de 26,67% ao ano. No fim de fevereiro, esse mesmo contrato projetava taxas mais altas, de 26,77% anuais.
Analistas afirmam que as projeções dos juros futuros podem recuar um pouco mais nos próximos dias.
Ontem o dia foi de negócios tímidos com os contratos DI. Muitos investidores preferiram ficar fora do mercado. O número de contratos DI negociados foi 48% menor que o da última sexta-feira, ficando um pouco acima dos 107 mil.
Os negócios com contratos de FRA -Forward Rate Agreement, que melhor mede o cupom cambial- também foram menores. Os 31 mil contratos de FRA negociados ontem representaram uma queda de 17% em comparação aos negócios realizados na última sexta-feira.
Apesar de haver subido um pouco ontem, a taxa do contrato de FRA com prazo em julho, o mais negociado, segue bastante inferior aos níveis registrados no ano passado, ficando em 9,55% ao ano. Em setembro do ano passado, por exemplo, o contrato de FRA mais negociado apontava taxa superior a 50% anuais.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o volume negociado também foi menor ontem, apesar do mercado acionário ter vivido um dia de muita agitação. O volume de R$ 508,6 milhões girado ontem foi 15% inferior ao registrado na última sexta-feira. Apesar de menor, o giro não ficou abaixo do péssimo resultado de fevereiro, quando foram negociados por dia, na média, R$ 471 milhões no pregão da Bovespa.


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