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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Recorde na soja
A safra brasileira de soja deverá atingir o volume recorde de 50,95 milhões de toneladas neste ano. É o que mostram os mais recentes dados da consultoria Céleres, de Uberlândia (MG). Se confirmado, esse volume será 19,6% superior ao da safra do ano passado, que ficou em 42,59 milhões.

Tempo bom
O recorde de produção se deve ao avanço na área plantada, que atingiu 18,4 milhões de hectares, 12% mais do que no ano passado, ao aumento de 7% na produtividade e às boas condições climáticas, que contrariam os temores do início da safra.

Presença externa
A maior produção de soja vai propiciar ao Brasil um avanço na participação do mercado externo. Nas contas da Céleres, o país exportará 20,3 milhões de toneladas. Esse volume fica próximo do da Abiove (20 milhões), entidade que também divulgou ontem as estimativas para o setor.

Receitas
O avanço da produção e das exportações de soja e derivados deverá render US$ 7,78 bilhões ao país no mercado externo neste ano. Esse volume recorde supera em 30% o de 2002 nas contas da Abiove. A instituição também alterou a previsão de safra. Agora prevê 49,6 milhões de toneladas para este ano.

Mudanças
Os dados divulgados ontem pela Abiove mostram também alterações na produção de farelo de soja, que sobe para 21,8 milhões de toneladas. O esmagamento total das indústrias brasileiras deverá atingir 27,9 milhões de toneladas.

Leite pressionado
A chegada das chuvas não foi suficiente para derrubar os preços do leite. A escassez do produto e a concorrência entre os laticínios mantiveram os preços médios em alta. O tipo C subiu para R$ 0,4084 no Brasil (1,1% mais que em janeiro). Já o tipo B foi a R$ 0,4584, com alta de 2,35%.

Maiores alterações
Os dado são do Cepea, que mostram as maiores altas no tipo C no Rio Grande do Sul (4,9%), Paraná (3,1%) e Bahia (1,6%). Em São Paulo, houve queda de 1,2%. Já no tipo B, São Paulo liderou as altas no período, com aumento de 5%, segundo o Cepea.

Feijão em alta
As condições climáticas não estão favoráveis para a colheita de feijão. Com isso, a oferta de produto é reduzida neste momento e os preços bateram ontem nos R$ 140 por saca para o produto de melhor qualidade em São Paulo. No Paraná, a saca chegou a R$ 130.

Em queda
As chamadas "vendas técnicas" dos fundos e o mercado pouco favorável às exportações nas últimas semanas derrubaram os preços do trigo para os menores patamares dos últimos oito meses na Bolsa de Chicago. O primeiro contrato fechou em 311,75 centavos de dólar por bushel.

Custo com plantio
O produtor de Mato Grosso do Sul vai desembolsar 30% a mais para efetuar o plantio de trigo neste ano do que em 2002, conforme cálculos de Alceu Richetti e Geraldo de Melo Filho, da Embrapa.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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