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Preocupações com instituições financeiras derrubam Bolsas
DA REDAÇÃO
Preocupações com a saúde
de financeira de bancos importantes fizeram com que as Bolsas americanas voltassem a ter
um dia negativo ontem, arrastando também outros mercados. Surgiram rumores de que o
banco Bear Stearns enfrenta
problemas de liquidez e que o
rival Lehman Brothers irá demitir 5% dos funcionários.
Além disso, o Citigroup disse
que os principais bancos de investimento americanos devem
ter novas baixas contábeis bilionárias.
Com as ações de bancos e
corretoras sofrendo forte desvalorização, os mercados dos
EUA tiveram o terceiro pregão
consecutivo de queda. O índice
Dow Jones caiu 1,29% -no
mês, ele já retrocedeu 4,29%. O
S&P 500 se desvalorizou em
1,55%, e a Nasdaq, de alta tecnologia, 1,95%. A Bovespa caiu
3,02%. Com os problemas no
mundo financeiro, os investidores aumentaram suas apostas em commodities como o petróleo, que subiu 2,62%, para
US$ 107,90, valor recorde.
Os rumores sobre o Bear
Stearns ganharam força depois
que a agência de classificação
de risco Moody's rebaixou a nota de alguns de seus títulos lastreados em hipotecas Alt-A,
que é o meio-termo entre as
"prime" (de primeira linha) e as
"subprime" (de alto risco).
A especulação derrubou as
ações do quinto maior banco de
investimento dos EUA em
11,1% e fez seus dirigentes saírem em sua defesa. Para Alan
Greenberg, ex-presidente-executivo e chefe do seu comitê
executivo, os rumores sobre a
falta de liquidez são "totalmente ridículos". Já Alan Schwartz,
atual CEO, disse que a liquidez
da instituição "continua forte".
O rival Lehman Brothers
também sofreu forte desvalorização, depois que a TV CNBC
disse que ele pretende demitir
mais 1.400 funcionários -no
ano passado, ele eliminou cerca
de 4.000 vagas. Os papéis da
corretora caíram 7,29% ontem.
O Lehman Brothers e o Bear
Stearns divulgam seus balanços do primeiro trimestre fiscal
na semana que vem.
Outros bancos também tiveram perdas expressivas. As
ações do Citigroup caíram
5,74%, e as do Merrill Lynch,
5,20% -os dois bancos perderam quase US$ 10 bilhões no
quarto trimestre de 2007. As do
Morgan Stanley retrocederam
3,91%, e as do Goldman Sachs
se desvalorizaram em 2,81%.
As preocupações com o setor
financeiro aumentaram depois
que um relatório de um analista do Citigroup afirmou que o
Goldman Sachs pode ter baixa
contábil (revisão dos valores de
ativos) de US$ 3,2 bilhões, e o
Merrill Lynch, de US$ 2,9 bilhões. Morgan Stanley e Lehman Brothers também teriam
perdas bilionárias.
As incertezas derrubaram
ainda mais as ações da Ambac e
da MBIA, as duas maiores seguradoras de títulos financeiros
do mundo e que são uma das
principais preocupações dos
mercados. Caíram 23,26% e
10,18%, respectivamente. Desde o início do ano, os papéis da
Ambac tiveram queda de 71,7%.
Os da MBIA, de 39,46%.
Já as ações da Blackstone,
umas das maiores empresas de
"private equity" (de capital privado) do mundo, subiram
2,88% apesar da queda de 89%
no lucro no último trimestre de
2007, para US$ 88 milhões.
Com agências internacionais
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