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SP quer recursos para investir em um novo trecho
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A privatização do trecho
Oeste do Rodoanel visa dar
condições para que o governo de São Paulo obtenha recursos para investir no trecho Sul, uma obra estimada
em cerca de R$ 4 bilhões e
considerada pelo Estado como fundamental para desafogar o tráfego de caminhões
na Grande São Paulo.
Quando estiver concluído,
o anel viário vai interligar as
dez principais rodovias que
chegam a São Paulo. Isso fará
com que, planeja o governo,
caia o tráfego pesado nas
marginais Tietê e Pinheiros.
Concebido para chegar a
170 km, o Rodoanel tem 32
km do trecho Oeste, que vai a
leilão hoje. O trecho Sul é a
principal obra viária em andamento no país e vai permitir que caminhões cheguem
ao porto de Santos sem passar pelas marginais.
Segundo a Secretaria de
Estado dos Transportes, passam diariamente pelo trecho
Oeste -que liga as rodovias
Régis Bittencourt, Raposo
Tavares, Castelo Branco,
Bandeirantes e Anhangüera- 145 mil veículos/dia. Os
carros de passeio respondem
por 78% do movimento diário, contra 21% de caminhões e 1% de ônibus.
Após a abertura do trecho,
em outubro de 2002, ainda
de acordo com a secretaria,
caiu cerca de 30% o movimento de caminhões nas
marginais de São Paulo.
A privatização, iniciada em
2006 pelo ex-governador
Claudio Lembo (DEM), foi
decidida depois de estudos
que apontaram a dificuldade
que o governo do Estado teria para bancar a obra com
recursos próprios.
A obra também foi incluída PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do
governo federal. Em quatro
anos, a União se comprometeu a repassar R$ 1,2 bilhão
para a a conclusão da obra.
Porém, em fevereiro, os
planos do governo sofreram
um revés depois que a Comissão Mista de Orçamento
do Congresso retirou do relatório final do projeto de lei
orçamentária da União para
2008 R$ 274 milhões que estavam previstos para o Rodoanel neste ano.
Segundo o secretário dos
Transportes, Mauro Arce, a
conclusão de pelo menos
mais um trecho do Rodoanel
é sua "primeira prioridade".
Apesar disso, o governo
Serra chegou a paralisar a
obra no início de 2007, por
falta de recursos.
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