São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2008

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SP quer recursos para investir em um novo trecho

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A privatização do trecho Oeste do Rodoanel visa dar condições para que o governo de São Paulo obtenha recursos para investir no trecho Sul, uma obra estimada em cerca de R$ 4 bilhões e considerada pelo Estado como fundamental para desafogar o tráfego de caminhões na Grande São Paulo.
Quando estiver concluído, o anel viário vai interligar as dez principais rodovias que chegam a São Paulo. Isso fará com que, planeja o governo, caia o tráfego pesado nas marginais Tietê e Pinheiros.
Concebido para chegar a 170 km, o Rodoanel tem 32 km do trecho Oeste, que vai a leilão hoje. O trecho Sul é a principal obra viária em andamento no país e vai permitir que caminhões cheguem ao porto de Santos sem passar pelas marginais.
Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes, passam diariamente pelo trecho Oeste -que liga as rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Bandeirantes e Anhangüera- 145 mil veículos/dia. Os carros de passeio respondem por 78% do movimento diário, contra 21% de caminhões e 1% de ônibus.
Após a abertura do trecho, em outubro de 2002, ainda de acordo com a secretaria, caiu cerca de 30% o movimento de caminhões nas marginais de São Paulo.
A privatização, iniciada em 2006 pelo ex-governador Claudio Lembo (DEM), foi decidida depois de estudos que apontaram a dificuldade que o governo do Estado teria para bancar a obra com recursos próprios.
A obra também foi incluída PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal. Em quatro anos, a União se comprometeu a repassar R$ 1,2 bilhão para a a conclusão da obra.
Porém, em fevereiro, os planos do governo sofreram um revés depois que a Comissão Mista de Orçamento do Congresso retirou do relatório final do projeto de lei orçamentária da União para 2008 R$ 274 milhões que estavam previstos para o Rodoanel neste ano.
Segundo o secretário dos Transportes, Mauro Arce, a conclusão de pelo menos mais um trecho do Rodoanel é sua "primeira prioridade".
Apesar disso, o governo Serra chegou a paralisar a obra no início de 2007, por falta de recursos.


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