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São Paulo bate recorde industrial
Expansão em janeiro é a maior desde outubro de 2003, segundo o IBGE
Fabricação de veículos puxa desempenho no Estado; em todo o país, atividade das indústrias cresce em 11 dos 14 Estados pesquisados
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A indústria paulista cresceu
3,4% em janeiro. O resultado
representa a maior taxa de expansão desde outubro de 2003,
quando havia registrado alta de
4,7%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desempenho da indústria de São Paulo representou a maior influência para a
expansão industrial no país
neste início de ano.
Apesar da taxa elevada em janeiro, a produção da indústria
em São Paulo havia registrado
queda nos dois meses anteriores, quando acumulou perdas
de 3,3%. Na comparação com
janeiro de 2007, a produção da
indústria paulista teve avanço
de 12,5%, o maior crescimento
desde setembro de 2004.
A maior responsável pelo ganho de ritmo da produção industrial paulista foi a fabricação de veículos automotores
-alta de 30% ante janeiro de
2007. O IBGE atribui o crescimento à melhoria da renda, ao
alongamento de prazos do crédito e ao cenário mais favorável
do mercado de trabalho. Quando essa atividade cresce, itens
como chassis e autopeças
acompanham esse movimento.
"Veículos automotores tiveram muito peso na recuperação
da atividade no mês de janeiro.
Representam o principal impacto em diversos Estados",
afirmou Isabella Nunes, gerente de Análise e Estatísticas Derivadas do IBGE.
No país, a produção industrial cresceu 1,8% em janeiro na
comparação com dezembro,
impulsionada pela produção de
veículos. A produção alcançou
o segundo maior nível da série.
O maior havia sido registrado
em outubro do ano passado.
Sustentação
"Os fatores de sustentação da
indústria são a demanda interna em crescimento, com a manutenção das condições de crédito, o aumento da ocupação e
da renda, um quadro favorável
para investimentos, a manutenção de resultados positivos
em setores voltados para a exportação e a recuperação do setor agrícola", afirmou Nunes.
Atividades como produtos
químicos, com alta de 22,6%, e
máquinas e equipamentos
(10,7%) também contribuíram
para a indústria paulista.
Nesses setores, destacam-se
acréscimos na fabricação de automóveis e caminhões, tintas e
vernizes, inseticidas, medicamentos, aparelhos de comutação para telefonia fixa e celulares e máquinas para colheita.
Setores como edição e impressão tiveram queda de 3,6%,
e o de celulose e papel, taxa negativa de 2,6% em São Paulo,
pressionados pelos decréscimos de revistas e papéis usados
na impressão.
De dezembro para janeiro, a
indústria cresceu em 11 dos 14
locais pesquisados. A maior taxa de crescimento foi verificada
no Paraná, alta de 6,5%. Na
comparação com janeiro de
2007, o Estado do Ceará foi o
único a apresentar taxa negativa, queda de 2,3% na produção,
motivada pelas férias coletivas
na indústria têxtil. Com isso, a
produção desse segmento no
Estado caiu 37,6%.
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