DA SUCURSAL DO RIO

Estimulado pela demanda externa e pela expansão da produção agrícola, o segmento agropecuário cresceu em 2008 numa velocidade superior à da economia como um todo pelo terceiro ano seguido. A expansão foi de 5,8%, ante 5,1% do PIB. Mas, entre o terceiro e o quarto trimestres, a taxa, que era de 1,3%, passou a ser negativa em 0,5%, reflexo da queda na demanda externa pelas commodities agrícolas.
O movimento de alta no ano não deverá se sustentar em 2009, preveem analistas.
Além da falta de perspectivas de melhora na economia mundial -o que inibe a demanda por esses produtos-, os produtores já haviam reduzido o ritmo de produção antes mesmo da crise.
"Antes da crise, o encarecimento dos insumos levou os produtores agrícolas a reduzir a área de cultivo. Depois da crise, a piora do crédito para financiamento da safra manteve essa perspectiva", afirma Juan Jensen, sócio da Tendências Consultoria.
Outro indicador é a redução no comércio de máquinas e veículos agrícolas neste começo de ano.
"A venda desses equipamentos está em queda", diz Bráulio Borges, economista da LCA Consultores.


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