|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
carga fiscal
Arrecadação de tributos cresce 7,4%
DA SUCURSAL DO RIO
Os impostos que incidem sobre produtos e serviços continuam crescendo acima do PIB, com expansão de 7,4% em 2008,
segundo o IBGE.
De acordo com o instituto, a aceleração dos tributos se deve especialmente
ao aumento da arrecadação de três deles: o de importação, o IPI e o ICMS.
No primeiro caso, o aumento ocorreu por conta
do maior volume de importações -alta de 18,5%.
A forte aceleração das importações fez crescer o volume de impostos sobre
produtos importados, apesar de o tributo não ser tão
significativo no conjunto
da receita tributária total,
segundo o IBGE.
Já o IPI e o ICMS subiram na esteira do crescimento econômico registrado principalmente até o
terceiro trimestre. No PIB
incidem só os tributos sobre a produção. Por isso,
não é possível medir a carga tributária apenas com
os dados do IBGE. Não são
pesquisados impostos sobre renda, propriedade e
outros. Esse dado deverá
ser divulgado apenas no
segundo semestre.
Mas, com base no PIB
em reais -R$ 2,89 trilhões- e o total de tributos arrecadados pelos três
níveis de governo -R$
1,056 trilhão, segundo o
IBPT-, chega-se à carga
tributária de 36,54% em
2008, novo recorde -dado
antecipado pela Folha.
Talvez a alta na arrecadação possa explicar o
avanço do PIB da administração pública -expansão
de 0,5% do terceiro para o
quarto trimestre de 2008.
No acumulado de 2008, o
PIB do setor público cresceu 5,6%, também acima
da média (5,1%). O peso da
administração pública é
de 20% do PIB.
Para o economista do
Ipea, Leonardo Carvalho,
é muito cedo para atribuir
esse crescimento do PIB
da administração pública
às políticas anticíclicas do
governo para atenuar os
efeitos da crise.
"O resultado foi parecido com os dos outros trimestres. Mas o crescimento da administração
pública, pelo menos, minimiza a queda das outras
atividades."
(PS e SL)
Texto Anterior: Diminuição na demanda afeta agropecuária Próximo Texto: Depois de cinco anos em alta, consumo das famílias cai 2% Índice
|