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Indústria paulista cresce 3% e retoma patamar pré-crise
Produção avança em 13 das 14 regiões, diz IBGE; cinco delas apresentam nível recorde
Expansão em São Paulo
foi a sétima consecutiva
e a maior desde junho de
2008; no país, a média de crescimento foi de 1,1%
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
A indústria paulista cresceu
3% entre dezembro de 2009 e
janeiro de 2010. A expansão, a
sétima consecutiva, foi a maior
desde junho de 2008. Com o resultado, o Estado superou em
0,6% o patamar de produção de
setembro de 2008, quando os
efeitos da crise internacional
ainda não haviam afetado o setor. As informações foram divulgadas ontem pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Além de São Paulo, outras 12
das 14 localidades pesquisadas
registraram avanço. Em oito
delas, a produção também já
retomou o ritmo pré-crise. Em
dezembro, eram apenas três
-Paraná, Goiás e Ceará.
De acordo com o IBGE, a
maior alta do mês ocorreu no
Espírito Santo (5,6%), devido
principalmente à retomada da
indústria extrativa e da metalurgia. Mas foi São Paulo, por
seu peso no parque industrial
brasileiro, o que mais contribuiu para o avanço de 1,1% da
produção nacional no período.
"São Paulo lidera a recuperação da indústria pelo peso que
tem no setor, mas as demais localidades também avançam",
diz o economista André Macedo, da coordenação de indústria do IBGE. Segundo ele, a expansão de 3% no Estado está ligada ao bom desempenho da
produção metalúrgica, de bebidas e alimentos e de material
eletrônico e de comunicações.
Entre dezembro e janeiro, o
único Estado que não apresentou crescimento foi o Amazonas, onde a produção estabilizou. Para Macedo, nesse Estado o desempenho ruim de produtos químicos, refino e edição
e impressão pode ter anulado
os avanços verificados na produção de motocicletas e de
equipamentos eletrônicos.
Na comparação com janeiro
de 2009, no entanto, houve
crescimento em todas as localidades pesquisadas pelo IBGE.
Em cinco delas (Bahia, Ceará,
Paraná, Rio de Janeiro e a região Nordeste como um todo),
os avanços registrados nos últimos meses elevaram a produção ao patamar recorde da série
histórica, iniciada em 1991.
Na média do país, a produção
em janeiro foi 4,9% inferior à
de setembro de 2008. A diferença é maior entre os fabricantes de bens de capital -o setor, indicativo de novos investimentos, caiu -0,1% em janeiro
depois de acumular alta de 29%
nos nove meses anteriores.
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