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Crise e OGX alavancam fortuna de Eike
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO
Há pouco mais de dois
anos, Eike Batista disse que
ambicionava ser o homem
mais rico do mundo no ranking da "Forbes". A empolgação dos investidores com sua
petroleira, a OGX (e tudo o
mais que ele vende), e a crise
deram um grande empurrão
em suas pretensões.
Três edições do ranking
depois, Eike foi catapultado
em 134 posições, da 142ª para a 8ª da edição de 2010, ao
amealhar US$ 27 bilhões, ou
260% acima dos US$ 7,5 bilhões que o ranking de 2009
lhe atribuía.
Eike recebeu a notícia de
que era um dos oito mais ricos do mundo durante a viagem a Boston para apresentar a proposta de venda de
ações de sua nova empresa, a
OSX, na Bolsa.
O bilionário não quis comentar sua escalada entre os
bilionários para evitar problemas com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários),
já que o período pré-abertura de capital de uma empresa
impõe silêncio aos envolvidos. Eike já foi multado anteriormente por esse motivo.
Em 2009, Eike escalava o
ranking enquanto suas empresas valorizavam junto
com a Bolsa brasileira. Ao
fim do período, deixava para
trás 53 bilionários que viram
seus patrimônio encolher
(ou crescer menos) com a
crise e os solavancos de outras Bolsas pelo mundo.
A petroleira OGX foi a empresa que puxou a disparada
no patrimônio de Eike. Começou o ano valendo US$ 7,6
bilhões e, 12 meses depois,
seu valor de mercado pulou
para US$ 28,9 bilhões, alta de
280%. Eike é dono de 62% da
companhia.
Ao fim de 2010, seu patrimônio, avaliado pela "Forbes" em US$ 27 bilhões, poderá receber um substancial
reforço.
Se a estreia da OSX na Bolsa, prevista para ocorrer no
próximo dia 19, sair como a
empresa espera, segundo documentos enviados à CVM,
Eike terá um reforço de caixa
da ordem de US$ 5,3 bilhões.
Chegaria, assim, a US$ 32
bilhões, o que lhe deixaria,
no ranking de 2010, em posição ainda melhor entre os
mais ricos do mundo.
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