|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENTENDA O REAJUSTE
Aumento é para pagar as dívidas com o BNDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a queda no consumo de
energia, provocada pelo racionamento, as distribuidoras
venderam menos do que o previsto, e as geradoras entregaram menos energia do que o previsto nos contratos.
Diante da queda de receita
entre junho e dezembro de
2001, as geradoras, estatais na
sua maioria, e as distribuidoras
de energia, privadas, brigaram
para ver quem teria de pagar a
conta do prejuízo.
O governo arbitrou a discussão e decidiu que o BNDES daria empréstimo para distribuidoras e geradoras para compensar as perdas e autorizou,
em dezembro do ano passado,
um reajuste extra nas tarifas
para que as empresas possam
pagar o empréstimo.
Esse reajuste não inclui eventuais perdas das empresas nos
dois últimos meses do racionamento, em janeiro e fevereiro
deste ano. O cálculo sobre perdas nesse período, quando o
governo permitiu maior consumo, ainda está sendo feito.
O BNDES emprestará R$ 7,5
bilhões para as empresas do setor elétrico, que serão pagos
com a receita obtida com o reajuste extra de 2,9% para consumidores residenciais e de 7,9%
para consumidores comerciais
e industriais.
O prazo médio de vigência do
reajuste extra foi divulgado inicialmente como sendo de três
anos. Na verdade, ele varia de
empresa para empresa e vai
durar mais tempo em distribuidoras que têm mais clientes
residenciais do que industriais
porque a economia nas residências foi maior.
Texto Anterior: Reajuste extra valerá, em média, por seis anos Próximo Texto: Opinião Econômica - Paulo Nogueira Batista Jr.: Cuidado com a valorização cambial! Índice
|