São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENTENDA O REAJUSTE

Aumento é para pagar as dívidas com o BNDES

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a queda no consumo de energia, provocada pelo racionamento, as distribuidoras venderam menos do que o previsto, e as geradoras entregaram menos energia do que o previsto nos contratos.
Diante da queda de receita entre junho e dezembro de 2001, as geradoras, estatais na sua maioria, e as distribuidoras de energia, privadas, brigaram para ver quem teria de pagar a conta do prejuízo.
O governo arbitrou a discussão e decidiu que o BNDES daria empréstimo para distribuidoras e geradoras para compensar as perdas e autorizou, em dezembro do ano passado, um reajuste extra nas tarifas para que as empresas possam pagar o empréstimo.
Esse reajuste não inclui eventuais perdas das empresas nos dois últimos meses do racionamento, em janeiro e fevereiro deste ano. O cálculo sobre perdas nesse período, quando o governo permitiu maior consumo, ainda está sendo feito.
O BNDES emprestará R$ 7,5 bilhões para as empresas do setor elétrico, que serão pagos com a receita obtida com o reajuste extra de 2,9% para consumidores residenciais e de 7,9% para consumidores comerciais e industriais.
O prazo médio de vigência do reajuste extra foi divulgado inicialmente como sendo de três anos. Na verdade, ele varia de empresa para empresa e vai durar mais tempo em distribuidoras que têm mais clientes residenciais do que industriais porque a economia nas residências foi maior.



Texto Anterior: Reajuste extra valerá, em média, por seis anos
Próximo Texto: Opinião Econômica - Paulo Nogueira Batista Jr.: Cuidado com a valorização cambial!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.