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Goldfajn descarta afrouxar alvo
DA REPORTAGEM LOCAL
O IPCA divulgado ontem ficou acima do esperado, na avaliação do diretor de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn. Mas isso não vai significar, por enquanto, um reajuste na meta de inflação para este ano. "A inflação foi o maior legado da crise do ano passado. E o BC está comprometido com a redução da inflação."
O índice de preços divulgado ontem ainda teve influência da disparada do dólar em 2002, segundo o diretor. "Como torcedor, queria que esse fosse o último reflexo do câmbio. Mas, como diretor do BC, não posso garantir isso. A tendência da inflação é a de queda, mas temos de ficar atentos o tempo todo." Com a dificuldade em a inflação ceder, as margens para cortes de juros no curto prazo diminuem. A alta dos preços tem sido a principal justificativa para a elevação dos juros básicos.
"No médio prazo, há espaço para a redução dos juros", disse Goldfajn. Segundo o diretor BC, o governo não tem uma meta de câmbio, e sim de inflação.
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