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Ex-diretor do BC culpa juro estável
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo repique inflacionário é
consequência da manutenção dos
juros em 26,5% ao ano na última
reunião do Copom. A opinião é
de Sergio Werlang, diretor do Itaú
e ex-diretor de Política Econômica do BC, cargo que ocupava
quando da implantação do sistema de metas de inflação no país.
Segundo Werlang, o BC deveria
ter elevado a taxa básica em, pelo
menos, 0,5 ponto percentual na
última reunião.
"A inflação vinha caindo muito
lentamente e, agora, aconteceu o
pior: um novo repique. E os núcleos de inflação estão muito
pressionados", diz Werlang.
O remédio necessário, para ele,
é uma nova dose de aumento de
juros na próxima reunião. Werlang espera a elevação da taxa básica para 27,5% ao ano.
"O BC interrompeu muito precocemente a trajetória de alta dos
juros porque estava otimista demais com a queda do câmbio. O
problema é que os repasses de
preços continuam ocorrendo a
despeito do recuo do dólar."
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