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São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2003

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COMÉRCIO EXTERIOR

Recursos virão do Banco do Brasil e do BNDES; governo toma medida após reclamação do setor têxtil

Exportador ganha crédito de US$ 1 bilhão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai aumentar em US$ 1 bilhão a oferta de financiamento para empresas exportadoras. Os créditos serão concedidos pelo Banco do Brasil e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O anúncio foi feito ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.
"O objetivo é atender, principalmente, pequenos e médios exportadores, que vinham reclamando de dificuldades para ter acesso a linhas de crédito", afirmou Furlan. Segundo o ministro, os recursos virão do caixa do BB e do BNDES e cada um irá disponibilizar US$ 500 milhões.
Segundo o ministro, a liberação dos recursos é uma "medida emergencial", diante das reclamações feitas pelas empresas exportadoras. Furlan não quis dizer quais seriam os setores mais prejudicados pela falta de crédito.
O ministro citou só o setor têxtil, mas disse que outros também foram atingidos. "Não fecharemos a porta para nenhum setor."
Anteontem, o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Paulo Skaf, reclamou das dificuldades que essas empresas estariam enfrentando para conseguir financiar suas exportações. Essa também é a área de atuação de empresas do vice-presidente da República, José Alencar, que nos últimos dias criticou a alta taxa de juros do país.
As taxas de juros cobradas nos financiamentos anunciados por Furlan devem ficar próximas às praticadas atualmente pelos bancos privados, equivalentes à libor (juros cobrados no mercado internacional) mais 4% ao ano.
Exportadores precisam de crédito para financiar, principalmente, o embarque e a comercialização de suas mercadorias no exterior. Segundo Furlan, muitas empresas de menor porte têm problemas em conseguir empréstimos com bancos privados.
O ministro disse ontem que já fez contatos com a Febraban e com alguns dos maiores bancos do país para tentar convencê-los a reabrir as linhas de financiamento das exportações.
Além disso, Furlan disse que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, vão entrar em contato com bancos estrangeiros durante suas passagens pelos EUA. Ambos estão em Washington, onde participam de encontro promovido pelo FMI e pelo Banco Mundial, e vão tentar convencer as instituições internacionais a reabrir linhas de crédito ao setor privado brasileiro.


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