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MERCADO FINANCEIRO
Índice do IPCA de março, de 1,23%, levou investidores a acreditar que Copom não reduzirá Selic
Corte de juros fica distante e derruba Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta da inflação fez com que a
Bolsa de Valores de São Paulo fechasse em queda pelo terceiro dia
consecutivo. O Ibovespa, índice
que mede a rentabilidade dos 54
papéis mais negociados na Bolsa,
caiu 1,42% e fechou aos 11.591
pontos. O volume foi de R$ 755,4
milhões.
A divulgação de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) de março foi de 1,23%,
acima da expectativa de alguns
analistas, fez com que o otimismo
prevalecesse no pregão de ontem.
O principal motivo é que a inflação alta faz com que os investidores não acreditem na diminuição
da Selic (taxa básica de juros) na
próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do
Banco Central), que ocorre nos
dias 22 e 23 deste mês.
Segundo analistas, o atual patamar dos juros prejudica o direcionamento dos recursos para a renda variável. Com a atual taxa de
26,5% ao ano, os investidores preferem manter uma parte maior
do capital em renda fixa a correr o
risco de aplicar em ações.
Além disso, os juros altos reduzem o consumo e aumentam o
custo do financiamento para as
empresas, o que também é refletido no preço das ações.
As maiores quedas ficaram com
o setor de telecomunicações, com
destaque para o papel PN da Telesp Celular Participações, que se
desvalorizou em 5,2%.
Um relatório do Merrill Lynch
rebaixou a recomendação das
ações dos bancos Itaú, Bradesco e
Unibanco. Apesar dos papéis já
terem caído na quarta-feira, ontem as ações preferenciais do Itaú
se desvalorizaram em 2,81%, as
PNs do Bradesco caíram 3,55% e
as preferenciais do Unibanco fecharam em queda de 1,2%.
Juros
A alta da inflação provocou alta
nas taxas de juros dos contratos
DI (que consideram os juros entre
os bancos).
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) os contratos mais
negociados e que mais apresentaram oscilação em relação ao fechamento do dia anterior foram
os de prazo mais longo.
Os títulos com vencimento em
maio subiram de 26,17% ao ano
para 26,21%, com alta de 0,15%. Já
os com vencimento em janeiro, os
mais negociados, subiram 2,56%
e passaram de 25,44% ao ano para
26,09%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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