São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004

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MERCADO DE TRABALHO

Comércio e seguradoras registram as piores remunerações

Petroquímica lidera pesquisa salarial

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O comércio e as seguradoras pagam os piores salários a seus empregados, numa comparação entre 15 atividades econômicas no país. Os bancos também estão nessa lista. Já as empresas químicas e de máquinas e equipamentos estão no topo do ranking.
Análise realizada anualmente pela consultoria norte-americana Hay Group, especializada em gestão de Recursos Humanos, mostra que uma boa parte de 15 setores verificados oferece salários abaixo da média da amostra. Esse estudo reúne dados de 2003.
No topo estão as empresas da área petroquímica, com faturamento anual de US$ 45 bilhões e em fase de contratações -em 2003, ano de desemprego recorde, o total de pessoal ocupado nessas empresas cresceu 2%. Atualmente os salários médios na área estão 12% superiores à média de todos os segmentos do estudo.
Já as redes varejistas desembolsam montantes 26% inferiores à essa mesma média. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o setor teve queda nas vendas em 2003, por 12 meses seguidos.
Esse estudo foi feito em parceria com a revista "Supermercado Moderno". As variações -para cima ou para baixo- puderam ser definidas com base numa média salarial (que está em R$ 1.843) dos 15 setores. Foram analisados dados de 370 empresas.

Sem margem
Empresas de bens de capital também aparecem no levantamento. O salário médio pago no setor está 8% superior à média da amostra. São 175 mil trabalhadores da área no país. No ranking, as companhias de máquinas e equipamentos estão à frente de grupos da área de petróleo e de papel.
"Estamos falando de mundos diferentes. Se você olhar o varejo hoje, temos um segmento com margens apertadas, competição acirrada no mercado interno e alta rotatividade na mão-de-obra. Portanto, nem sempre eles têm espaço para pagar melhor. Já em segmentos como o químico, por exemplo, altamente exportador, não existe isso", explica Dorailson Andrade, gerente de atendimento da HayGroup Brasil.
O levantamento mostra ser mais freqüente o pagamento de salários maiores e a concessão de políticas de remuneração variável (como bônus) nos segmentos voltados para a exportação.


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