São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2006

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Imagem do país é imune a crise, diz Agnelli

JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

Por conta da solidez dos indicadores macroeconômicos, a imagem do Brasil está sendo percebida pelos investidores estrangeiros sem grandes arranhões, mesmo com os sucessivos escândalos políticos ocorridos desde o ano passado. A afirmação foi feita ontem pelo presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, e endossada pelo presidente da Braskem, José Carlos Grubisich. Ambos participaram da entrega do prêmio "Executivo de Valor", em São Paulo.
"Os investidores conhecem o potencial da economia brasileira e aprenderam sobre as empresas brasileiras", disse Agnelli. "Não há preocupação com o cenário político. O que tenho visto, sim, é interesse em saber quando vamos transformar estabilidade em crescimento", observou Grubisich.
Quanto ao novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os dois executivos mostraram-se esperançosos de que a linha da atual política econômica seja mantida e aperfeiçoada.
"Mantega foi um bom ministro do Planejamento e depois esteve à frente do BNDES. Isso o credencia", avaliou o presidente da Vale. "É cedo para dizer o que ele vai fazer, mas suas declarações mostram um ponto de vista equilibrado, benéfico ao país", disse o presidente da Braskem. Nenhum quis declarar qual é seu candidato à Presidência. "O mais importante é saber em quem não votar: aqueles para os quais falta ética, que não foram corretos no passado", afirmou.
Agnelli observou ainda que o maior desafio para a economia brasileira é ganhar agilidade em todas as áreas: crescimento, diminuição da burocracia, tomada de decisões governamentais.
O prêmio "Executivo de Valor" foi entregue a 20 profissionais por iniciativa do jornal "Valor Econômico". Entre os premiados, 11 comandavam empresas de capital aberto, cujo valor, somado, chegava a R$ 215,8 bilhões em março passado.
Além de Agnelli e Grubisich, foram agraciados Antonio Maciel (Ford), Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau), Emilio Uemeoka (Microsoft), Nildemar Secches (Perdigão), Roberto Setubal (Itaú), Eugênio Staub (Gradiente), Firmin António (Accor), Manoel Amorim (Telefônica) e Adilson Primo (Siemens).


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