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Imagem do país é imune a crise, diz Agnelli
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Por conta da solidez dos indicadores macroeconômicos, a imagem do Brasil está sendo percebida pelos investidores estrangeiros
sem grandes arranhões, mesmo
com os sucessivos escândalos políticos ocorridos desde o ano passado. A afirmação foi feita ontem
pelo presidente da Companhia
Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, e
endossada pelo presidente da
Braskem, José Carlos Grubisich.
Ambos participaram da entrega
do prêmio "Executivo de Valor",
em São Paulo.
"Os investidores conhecem o
potencial da economia brasileira e
aprenderam sobre as empresas
brasileiras", disse Agnelli. "Não
há preocupação com o cenário
político. O que tenho visto, sim, é
interesse em saber quando vamos
transformar estabilidade em crescimento", observou Grubisich.
Quanto ao novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os dois
executivos mostraram-se esperançosos de que a linha da atual
política econômica seja mantida e
aperfeiçoada.
"Mantega foi um bom ministro
do Planejamento e depois esteve à
frente do BNDES. Isso o credencia", avaliou o presidente da Vale.
"É cedo para dizer o que ele vai fazer, mas suas declarações mostram um ponto de vista equilibrado, benéfico ao país", disse o presidente da Braskem. Nenhum
quis declarar qual é seu candidato
à Presidência. "O mais importante é saber em quem não votar:
aqueles para os quais falta ética,
que não foram corretos no passado", afirmou.
Agnelli observou ainda que o
maior desafio para a economia
brasileira é ganhar agilidade em
todas as áreas: crescimento, diminuição da burocracia, tomada de
decisões governamentais.
O prêmio "Executivo de Valor"
foi entregue a 20 profissionais por
iniciativa do jornal "Valor Econômico". Entre os premiados, 11 comandavam empresas de capital
aberto, cujo valor, somado, chegava a R$ 215,8 bilhões em março
passado.
Além de Agnelli e Grubisich, foram agraciados Antonio Maciel
(Ford), Jorge Gerdau Johannpeter
(Gerdau), Emilio Uemeoka (Microsoft), Nildemar Secches (Perdigão), Roberto Setubal (Itaú),
Eugênio Staub (Gradiente), Firmin António (Accor), Manoel
Amorim (Telefônica) e Adilson
Primo (Siemens).
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