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Indústria de SP tem expansão de 2,3% e puxa produção do setor
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A produção da indústria brasileira cresceu em 7 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE em
fevereiro, com destaque para o
desempenho do Estado de SP
-alta de 2,3% na comparação
livre de efeitos sazonais com janeiro. Com peso de cerca de
40% da indústria nacional, deu
o principal impulso ao crescimento de 0,3% do setor fabril
de janeiro para fevereiro.
Os dados mostram concentração do crescimento em poucos locais em fevereiro. Prova
disso é que, em janeiro, 7 dos 14
ramos também registraram expansão, mas, na média, a indústria caiu 0,4%. "SP teve impacto determinante para o resultado geral da indústria por causa
de sua importância na estrutura industrial do país e da magnitude do crescimento em janeiro", disse André Macedo,
economista da coordenação de
Indústria do IBGE.
Segundo o instituto, a indústria paulista se recuperou do
tombo de janeiro (-0,9%) por
causa da normalização do processamento de petróleo nas refinarias do Estado, afetadas naquele mês por paralisações
não-programadas. Outros ramos, como máquinas e equipamentos, informática e material
eletrônico, também registraram forte expansão em fevereiro e ajudaram a produção da indústria de SP a crescer 3,5% em
relação a fevereiro de 2006. No
acumulado de janeiro e fevereiro, o avanço foi de 3,3%.
Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial), "a indústria de SP
mostra-se em ascensão", numa
"clara sinalização de aceleração" que, se mantida, torna
"perfeitamente possível que a
indústria paulista termine o
ano com um crescimento
maior do que os 3,2% de 2006".
Também tiveram desempenho acima da média nacional
na comparação com janeiro
Ceará (3,8%), Paraná (2,6%),
Rio Grande do Sul (2%), Santa
Catarina (1,1%), Espírito Santo
(1,3%) e Pernambuco (0,6%).
Como em SP, a recuperação
do refino de petróleo alavancou
o resultado das indústrias cearense e gaúcha, segundo Macedo. No RS e no PR, diz, a reação
de atividades ligadas à agropecuária, como a indústria de alimentos e de máquinas e equipamentos (especialmente as
agrícolas), assegurou o dinamismo do setor industrial. A indústria fluminense trouxe a
principal contribuição negativa
para o resultado geral da indústria. Prejudicada por férias coletivas de grandes empresas do
setor farmacêutico, teve queda
de 5,4% ante janeiro.
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