São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2007

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Indústria de SP tem expansão de 2,3% e puxa produção do setor

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A produção da indústria brasileira cresceu em 7 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE em fevereiro, com destaque para o desempenho do Estado de SP -alta de 2,3% na comparação livre de efeitos sazonais com janeiro. Com peso de cerca de 40% da indústria nacional, deu o principal impulso ao crescimento de 0,3% do setor fabril de janeiro para fevereiro.
Os dados mostram concentração do crescimento em poucos locais em fevereiro. Prova disso é que, em janeiro, 7 dos 14 ramos também registraram expansão, mas, na média, a indústria caiu 0,4%. "SP teve impacto determinante para o resultado geral da indústria por causa de sua importância na estrutura industrial do país e da magnitude do crescimento em janeiro", disse André Macedo, economista da coordenação de Indústria do IBGE.
Segundo o instituto, a indústria paulista se recuperou do tombo de janeiro (-0,9%) por causa da normalização do processamento de petróleo nas refinarias do Estado, afetadas naquele mês por paralisações não-programadas. Outros ramos, como máquinas e equipamentos, informática e material eletrônico, também registraram forte expansão em fevereiro e ajudaram a produção da indústria de SP a crescer 3,5% em relação a fevereiro de 2006. No acumulado de janeiro e fevereiro, o avanço foi de 3,3%.
Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), "a indústria de SP mostra-se em ascensão", numa "clara sinalização de aceleração" que, se mantida, torna "perfeitamente possível que a indústria paulista termine o ano com um crescimento maior do que os 3,2% de 2006".
Também tiveram desempenho acima da média nacional na comparação com janeiro Ceará (3,8%), Paraná (2,6%), Rio Grande do Sul (2%), Santa Catarina (1,1%), Espírito Santo (1,3%) e Pernambuco (0,6%).
Como em SP, a recuperação do refino de petróleo alavancou o resultado das indústrias cearense e gaúcha, segundo Macedo. No RS e no PR, diz, a reação de atividades ligadas à agropecuária, como a indústria de alimentos e de máquinas e equipamentos (especialmente as agrícolas), assegurou o dinamismo do setor industrial. A indústria fluminense trouxe a principal contribuição negativa para o resultado geral da indústria. Prejudicada por férias coletivas de grandes empresas do setor farmacêutico, teve queda de 5,4% ante janeiro.


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