São Paulo, terça-feira, 11 de maio de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Soja no diesel
Nos próximos meses, o governo deverá determinar a mistura de 2% de biodiesel no óleo diesel. Essa medida é um incentivo à produção de soja e de mamona, uma vez que esse percentual representa a adição de 700 milhões de litros por ano. É o que teriam acertado na semana passada Roberto Rodrigues, da Agricultura, e o presidente Lula. O diesel deverá ter também a participação de álcool.

Novo cancelamento
Circulou ontem em Chicago a notícia de que a China cancelou a compra de mais três navios com soja do Brasil. Os embarques seriam neste e no próximo mês. O cancelamento se deve à baixa margem de ganho das indústrias chinesas, dizem traders dos EUA.

Sinais trocados
A chuva nas áreas de plantio de soja nos EUA derrubou os preços da oleaginosa em 1% em Chicago ontem. No Brasil, a alta do dólar provocou reajuste de 1,4%. Queda em Chicago e alta do dólar deixam o mercado muito incerto, diz Seneri Paludo, da AgRural.

Na gaveta
A Monsanto engavetou ontem os planos de produzir trigo transgênico. A reação negativa dos mercados europeu, asiático e até nos EUA e no Canadá foi o que levou a empresa a desistir do projeto. Segundo a empresa, a aceitação de uma semente transgênica para o trigo não seria a mesma que a da soja, milho e algodão.

Peso menor
Dados da FGV de ontem mostram que os preços dos produtos agrícolas subiram 4% nos últimos 12 meses, taxa inferior à inflação média do período (5,71%).

Vai pesar
Se a FGV mostra pressão menor dos agrícolas no atacado, o IEA mostra que os consumidores deverão pagar mais pelos alimentos nas próximas semanas. A pesquisa do IEA da semana passada mostra que os preços pagos aos produtores paulistas subiram 2%.

Tomate lidera
Nelson Martin, coordenador da pesquisa do IEA, mostra que a liderança nas altas ficou com o tomate (43%), que pesa mais no bolso do consumidor, segundo os institutos de pesquisa. Estão na lista das altas: frango (12,5%), cebola (9%) e laranja (6%).

Em baixa
Um raro acontecimento no setor de exportações. As vendas externas de soja neste início de mês são inferiores às de maio de 2003. Dados da Secex mostram que as receitas brasileiras com as exportações do complexo soja somaram US$ 48 milhões na primeira semana do mês, 3% menos do que no mesmo período de 2003.

De vento em popa
Já as exportações de carne continuam batendo recordes. Na primeira semana deste mês, as empresas brasileiras receberam US$ 26,3 milhões por dia, 88% mais do que em maio do ano passado.

Queda no ranking
A cada mês que passa, os gastos com importação de trigo diminuem. Em maio do ano passado, o país gastou, em média, US$ 6,2 milhões por dia. Neste mês, os gastos da primeira semana foram reduzidos para 2,6 milhões, segundo dados da Secex.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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