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País acelera aquisição da Petrobras
DO ENVIADO ESPECIAL A LA PAZ
O presidente em exercício da
Bolívia, Alvaro García Linera, disse ontem que os novos diretores e
síndicos da Petrobras Bolívia Refinación S.A., indicados na segunda pelo governo, assumirão suas
funções em duas semanas. Anteontem, a Petrobras disse, em
nota, que, antes da posse, "há
uma série de procedimentos e formalidades legais e societárias que
devem ser cumpridas".
Segundo nota da Agência Boliviana de Informação, há dois caminhos para cumprir esse procedimento: os atuais síndicos e diretores podem convocar reunião ou
se pode consolidar a aquisição de
mais de 50% das ações das empresas nacionalizadas pelo decreto de
1º de maio. Este seria o caso da Petrobras Refinación, já que não
tem uma diretoria.
Para a Petrobras Bolívia, para
que o governo assuma as duas refinarias, localizadas em Santa
Cruz e Cochabamba, são necessárias medidas que incluem desde a
efetivação da transferência do
controle acionário até mudanças
na legislação do país, as quais, segundo a empresa, impedem esse
tipo de transação.
Ontem, o ministro dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada,
disse que a interpretação jurídica
da Petrobras Bolívia está errada.
Até o fechamento desta edição,
ele estava reunido com uma missão brasileira, chefiada pelo ministro Silas Rondeau (Minas e
Energia), para discutir a nomeação dos diretores e outros temas.
O governo boliviano nomeou
ainda novas diretorias para as
empresas Chaco, Andina, Transredes (que é responsável por parte
do transporte do gás ao Brasil) e
Companhia Logística de Hidrocarbonetos da Bolívia.
(FM)
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