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Chanceler questiona contratos
DA FOLHA ONLINE
DO ENVIADO A LA PAZ
O chanceler da Bolívia, David
Choquehuanca, afirmou em Madri (Espanha) que contratos assinados com empresas de petróleo
e gás no país são "ilegais", em referência aos contratos de exploração de campos de gás e petróleo
assinados nos anos 1990.
"Até agora as empresas não tinham segurança jurídica porque
todos os contratos eram ilegais.
Agora, terão de passar pela aprovação do Parlamento. Antes, não
passavam", disse, em referência a
uma posição antiga do MAS (Movimento ao Socialismo), do presidente Evo Morales, segundo a
qual a Constituição prevê que todos esses contratos precisam de
aprovação do Legislativo. A outra
interpretação jurídica é que a Lei
dos Hidrocarbonetos do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada
autorizava o governo a assinar esses contratos.
O antigo debate sobre a legalidade dos contratos de exploração
não inclui a compra das duas refinarias pela Petrobras em 1999, antes pertencentes ao Estado.
Ouvido pela BBC Brasil ontem,
Jorge Alvarado, presidente da
YPFB, afirmou que o governo da
Bolívia pretende indenizar a Petrobras pela nacionalização das
duas refinarias brasileiras. "Vamos pagar por 51% das ações referentes à nacionalização, mas
não vamos pagar indenização pelos recursos naturais, que são de
propriedade dos bolivianos"
O governo quer incluir nessas
negociações estoques de combustíveis que não teriam sido pagos
na transação, de US$ 102 milhões.
O valor desses estoques "esquecidos", segundo o governo, é de
US$ 25 milhões. A Petrobras nega
que isso tenha ocorrido.
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