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Citi vai acelerar expansão no Brasil
DA BLOOMBERG
O Citigroup Inc., a maior empresa de serviços financeiros do
mundo por valor de mercado, aumentará o ritmo de seu projeto de
expansão para o Brasil, com a
inauguração de 50 agências bancárias até o final deste ano e a contratação de funcionários para sua
corretora de São Paulo. A informação foi dada ontem por Gustavo Marin, presidente da subsidiária brasileira do Citigroup.
O Citigroup, sediado em Nova
York (EUA), tentará ampliar suas
divisões de subscrição de ações e
de "private banking" no Brasil,
disse Marin em entrevista em São
Paulo.
Ele declarou que o banco não
tem planos para realizar aquisições com a intenção de promover
seu crescimento no Brasil.
"Queremos ser o número um
do mercado", disse Marin. "Nossa estratégia não pode depender
de aquisições. Estamos nos concentrando no crescimento orgânico de todas as áreas."
Ações e bônus crescem
Nos últimos 12 meses, o Índice
Bovespa (Bolsa de Valores de São
Paulo) registrou o quarto melhor
desempenho do mundo, à medida que o crescimento da economia brasileira se acelera e as taxas
de juros recuam. Marin disse prever que as vendas de ações e bônus crescerão no Brasil devido à
expansão da economia.
Atualmente, o Citigroup é o 12º
maior banco do Brasil em ativos,
com US$ 10,7 bilhões sob sua administração. Essa quantia pode
ser comparada aos US$ 31,9 bilhões em ativos que o ABN Amro
Holding NV tem no Brasil.
As 64 agências brasileiras do Citigroup correspondem a apenas
5% das 1.100 agências do ABN, segundo dados do Banco Central.
O HSBC Holdings tem 932
agências espalhadas pelo Brasil e
US$ 20,3 bilhões em ativos sob
sua administração.
Prejuízo
No entanto, o Citibank tem um
desempenho inferior ao dos demais bancos. Como a matriz exige
que seja feito hedge do patrimônio, o banco teve prejuízo no Brasil em 2004, de R$ 308 milhões.
No ano passado reduziu o prejuízo para R$ 51,6 milhões. Nos
anos em que deu lucro, sua rentabilidade sobre o patrimônio ficou
entre as menores do setor, com
6,7%, segundo analistas. Na opinião de analistas de mercado brasileiros, o Citi vive um dilema
atualmente.
"Ele está vendo o nicho de crédito crescer e os bancos locais ganhando espaço nesse segmento,
enquanto ele está patinando", diz
João Augusto Salles, economista
da consultoria Lopes Filho.
Enquanto os grandes bancos locais como Bradesco, Itaú e Unibanco compraram financeiras
nos últimos anos e fizeram acordos operacionais com redes de
varejo para conceder crédito ao
consumidor, o Citi tem a Citi Financial, apenas, sem grande penetração no mercado popular de
crédito.
"O retorno dos bancos está sendo obtido nos empréstimos pessoais que não são o foco da atividade do Citibank", diz Salles.
Colaborou a Reportagem Local
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