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LINHA DE PASSE
Goldman Sachs vê correlação entre sucesso no esporte e industrialização; no G7, só Canadá não encabeça lista da Fifa
Futebol faz tabela com solidez na economia, diz banco
CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL
Há alguma relação entre desempenho econômico e bom futebol?
Na avaliação do banco Goldman
Sachs, dá, sim, para traçar uma
correlação entre o esporte e a economia. A conclusão é que "as nações mais ricas geralmente são as
melhores nações no futebol", diz
trecho do trabalho "A Copa do
Mundo e a Economia", realizado
pelo Goldman Sachs.
Ao fazer um cruzamento entre
as primeiras posições do ranking
da Fifa e os integrantes do G7
(grupo das sete maiores economias do planeta), o banco observou que, com exceção da seleção
do Canadá, todos os demais países do G7 estão entre as melhores
equipes de futebol do mundo.
O estudo do Goldman Sachs
não chega a dar uma explicação
definitiva sobre o porquê de as
nações mais prósperas também
serem as mais bem avaliadas pela
Fifa. O banco, porém, lança algumas hipóteses. "Na Europa, as
maiores economias geralmente
possuem as mais bem-sucedidas
seleções. Além disso, os maiores
clubes de futebol tendem a vir dos
maiores países e, freqüentemente,
das cidades mais prósperas", afirma o economista-chefe do banco,
Jim O'Neill.
O economista pondera também
que, se o fator populacional e taxas de crescimento forem, de fato,
os principais fatores de estímulo
ao "bom futebol", a Copa do
Mundo de 2050 vai ser bem diferente . Se for considerado o quesito população, a Turquia "deve desafiar a Alemanha [e será] a principal equipe européia de futebol
[em 2050]". Se for olhada a taxa
de crescimento, o mundo vai ter
que se preparar para a dominação
chinesa. "Talvez os principais clubes europeus abram "times-irmãos" na China", especula.
Sobre o Brasil, as análises foram
feitas por Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. "Como
no futebol brasileiro, algumas lições básicas para o sucesso econômico parecem ter sido aprendidas: por exemplo, uma estrutura
macroeconômica sólida é necessária para o crescimento, com
também é um foco na educação e
na saúde", escreveu. Apesar do
afago, Fraga se disse "cético" em
relação a um crescimento pujante
da economia brasileira.
Escrete econômico
No relatório, uma equipe de
economistas e de alguns clientes
do banco se arrisca a montar
um "time dos sonhos" para a Copa de 2006. Nessa seleção ideal, os
jogadores brasileiros são maioria
e estão representados por Roberto Carlos, Cafu, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo.
Já no time montado pelo capitão da seleção inglesa, David Beckham, só há dois brasileiros: Ronaldo e Roberto Carlos.
Segundo o Goldman Sachs, o
Brasil é o favorito para ganhar o
mundial deste ano.
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