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Brasil emite R$ 750 mi com juro menor
Papéis vencem em 2028 e pagarão juros de 8,9% ao ano, contra 10,3% pagos em emissão similar do Tesouro em março
Mantega diz que operação é sinal de maior confiança externa no país, que já acumula US$ 122 bi em reservas internacionais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No mesmo dia em que uma
agência de classificação de risco melhorou a nota atribuída
ao Brasil, o Tesouro Nacional
emitiu R$ 750 milhões em títulos da dívida externa no mercado internacional. Os papéis
vencem em 2028 e, até lá, o governo pagará aos investidores
juros de 8,938% ao ano.
A operação foi fechada na
Europa e nos EUA. E, na madrugada de hoje, o Tesouro negociaria o lançamento de papéis na Ásia, cujo valor pode
chegar a R$ 37,5 milhões.
O governo considerou baixos
os juros pagos, já que ficaram
abaixo, por exemplo, da taxa
Selic -referência para os títulos negociados no mercado interno e que hoje está em 12,5%
ao ano. Em março, títulos da dívida externa que também venciam em 2028 foram emitidos
com juros de 10,28% ao ano.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os juros
menores pagos na emissão refletem a maior confiança dos
investidores no Brasil.
Reservas
Neste ano, o Tesouro já pegou empréstimos de US$ 2,5 bilhões por meio da emissão de
títulos no mercado internacional. O dinheiro é depositado
nas reservas internacionais do
Brasil, que na semana passada
já chegavam a US$ 122 bilhões.
As reservas brasileiras estão
em nível recorde desde o final
do ano passado, quando o saldo
ultrapassou US$ 80 bilhões.
Além das emissões de títulos da
dívida externa, essas reservas
têm aumentado por causa das
compras de dólares que o Banco Central faz no mercado de
câmbio.
Só nos primeiros quatro meses do ano, essas compras chegaram a US$ 33,9 bilhões. Os
recursos das reservas podem
ser usados no pagamento de
parcelas da dívida externa e em
eventuais intervenções do BC
no câmbio. Por isso, agências
de risco costumam considerar
que níveis elevados de reservas
ajudam a reduzir a vulnerabilidade externa de um país.
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