São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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Bovespa tem maior queda em quase 2 meses

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

No dia em que a nota de risco do Brasil foi elevada pela agência internacional Fitch Ratings, os ativos financeiros não tiveram bons desempenhos. A Bovespa devolveu a alta do pregão anterior e terminou com queda de 2,08% -a maior em um dia em quase dois meses.
O dólar subiu 0,3% e terminou a R$ 2,024, chegando a ser negociado a R$ 2,03 durante as operações.
O desânimo dos investidores veio dos Estados Unidos, onde foram divulgados dados decepcionantes de vendas no varejo, além de uma elevação indesejada do déficit comercial. O aumento dos juros básicos na Inglaterra também contribuiu para o clima menos positivo do mercado global.
O banco central inglês subiu os juros para 5,5%, o nível mais alto nos últimos seis anos.
O principal índice acionário da Bolsa de Nova York, o Dow Jones, teve desvalorização de 1,11%. Na Nasdaq, as perdas ficaram em 1,65%.
Na quarta-feira, tanto a Bovespa quanto a Bolsa de Nova York haviam terminado seus pregões em patamares recordes. O dólar atingiu anteontem sua menor cotação no Brasil desde fevereiro de 2001.
A Bolsa de Frankfurt perdeu 0,81%, e a de Londres teve desvalorização de 0,39%.
"Os mercados já haviam antecipado uma melhora da nota de risco do Brasil", disse Alexandre Maia, economista-chefe da GAP Asset Management. Por isso, segundo o economista, a decisão da Fitch Ratings não teve impacto forte o suficiente para evitar uma queda da Bolsa.
Poucas ações foram poupadas e escaparam da queda que afetou o mercado acionário doméstico.
Das que subiram dentre as 60 ações que estão na carteira teórica do índice Ibovespa, as que tiveram maiores ganhos foram CPFL Energia ON (1,51%), Comgás PNA (1,21%) e Eletropaulo PNB (0,92%).
A ação unit do Unibanco, que tinha tido expressiva valorização de 5,69% no pregão de quarta-feira, esteve entre as mais pesadas baixas de ontem, recuando 4,27%.


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