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Inflação acumula alta de 2,2% até maio
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação oficial usada pelo
governo, o IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo),
ficou praticamente estável em
maio, ao avançar 0,47%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística). Em
abril, o índice havia registrado
alta de 0,48%.
Nos últimos 12 meses, o
IPCA acumula alta de 5,20%.
No ano, a alta é de 2,20%, ante
2,88% no ano passado.
Os alimentos exerceram a
maior pressão nos preços em
maio e apresentaram alta de
0,44%, depois de subirem
0,15% em abril. A contribuição
desse grupo representou 0,10
ponto percentual do IPCA.
O destaque de alta ficou por
conta do leite pasteurizado,
que subiu 9,77% -foi a maior
contribuição individual de todo
o IPCA, ao pesar 0,10 ponto
percentual. Ao mesmo tempo,
subiram os preços da batata inglesa (14,77%), da cenoura
(5,64%) e do tomate (2,32%).
Francis Kinder, economista
da Rosenberg e Associados, diz
que a inflação não preocupa e já
começa a convergir para o centro da meta deste ano (4,5%). A
previsão dos analistas de mercado está em 4,3%.
Eulina Nunes dos Santos,
coordenadora de Índices de
Preços do IBGE, avalia que a
crise já influenciou negativamente a inflação desde o início
do ano e se manifesta na queda
de alimentos e veículos -estes
beneficiados pela redução do
IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados).
Segundo a coordenadora do
IBGE, o repique dos alimentos
não é generalizado e foi provocado especialmente devido à
entressafra do leite, que fez o
preço do produto disparar. Por
seu turno, a crise, diz, ajudou a
conter a demanda global e contribuiu para segurar as cotações de commodities agrícolas.
De janeiro a maio, o grupo
alimentação subiu 1,92%, menos do que os 6,40% do mesmo
período de 2008.
Os produtos não-alimentícios tiveram desaceleração e
registram inflação de 0,48%,
ante 0,58% em abril. Novamente os cigarros foram responsáveis pelo principal impacto no
grupo, ao registrar em maio alta de 9,21% (abaixo dos 14,71%
de abril), segundo maior contribuição individual do IPCA,
com 0,09 ponto percentual.
Também apresentaram alta
nos custos os itens empregado
doméstico (alta de 1,33%, ante
1,85% em abril) e saúde e cuidados pessoais (alta de 0,68%, ante 1,10% em abril), ainda sob
impacto dos preços dos remédios, cuja inflação se desacelerou de 2,89% para 1,33%.
O INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor), calculado entre as famílias com renda mensal até seis salários mínimos, ficou em 0,60% em
maio, ante 0,55% observado no
mês anterior. No acumulado do
ano, o INPC tem alta de 2,32%.
IGP-M
O IGP-M (Índice Geral de
Preços-Mercado), calculado
pela FGV (Fundação Getulio
Vargas), registrou alta 0,29%
na primeira prévia de junho,
muito acima do verificado um
mês antes, quando houve deflação de 0,52%.
No ano, o índice acumula
queda de 0,86%, e, nos últimos
12 meses, a alta acumulada é de
1,91%.
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