São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004 |
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PELA PRODUÇÃO Bibliófilo diz que voltaria a investir no país, pois "empresa é desenvolvimento social" Para Mindlin, juro alto é despropósito
DA REPORTAGEM LOCAL Rentabilidade, liquidez e segurança são três fatores que não costumam coexistir quando o assunto é investimento, lembra o bibliófilo José Mindlin, 89 -com base na experiência de quem começou a colecionar livros aos 13 anos, foi um dos fundadores de uma fábrica de autopeças, a Metal Leve, aos 35, e que há oito anos vendeu a empresa, após o choque da abertura da economia. "Tudo depende do grau de risco que a empresa está disposta a assumir", diz ele, que não voltou a investir no setor produtivo. Mindlin afirma que uma empresa "não é um objetivo em si mesma, é um instrumento de desenvolvimento social". Sobre os juros elevados no país, diz: "São um completo despropósito". Mesmo com as dificuldades da economia brasileira, ele declara que voltaria a investir no país. "Teria de ser bem mais moço, mas investiria." E completa: "Quem quer resultados imediatos pode ganhar muito, mas não por muito tempo". Apesar desse otimismo, alguns analistas lembram que foram poucas as empresas que fecharam e voltaram a investir no Brasil. "Se você considerar todos os empresários que venderam suas empresas no período do Real, conta em uma mão o número daqueles que voltaram a investir em negócio empresarial. Eles não são idiotas, sabem fazer contas", afirma Antoninho Marmo Trevisan, presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, ressaltando que a rentabilidade da produção perde para a do setor financeiro. (MP e EF) Texto Anterior: Entenda o estudo: Sem a inflação, aplicação deu retorno de 9% Próximo Texto: Expectativa é motor empresarial Índice |
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