São Paulo, quarta-feira, 11 de julho de 2007

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BC não segura dólar e moeda fecha vendida a R$ 1,893

Bovespa segue dia ruim nos EUA e tem baixa de 0,99%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A presença do Banco Central no mercado não impediu que o dólar renovasse sua cotação mínima dos últimos anos. O dólar recuou mais 0,26% e terminou as operações de ontem vendido a R$ 1,893, em seu mais baixo valor desde 20 de outubro de 2000.
O mau humor que marcou os negócios no mercado norte-americano, que afetou a Bolsa de Valores de São Paulo, não deteve a queda do dólar. Operadores de mesas de câmbio estimaram em US$ 500 milhões o montante comprado ontem em leilão pelo BC -atuação insuficiente para segurar a moeda.
Na segunda-feira, quando o feriado da Revolução Constitucionalista fechou o mercado em São Paulo, o BC optou por não intervir no câmbio.
Com o recuo de ontem, a moeda americana registra depreciação de 1,87% diante do real apenas neste mês.
A volta do feriado não foi positiva para a Bovespa, que encerrou o pregão com baixa de 0,99%, na esteira do fraco desempenho de Wall Street.
Perspectivas negativas para empresas dos EUA que vão divulgar resultados do segundo trimestre nos próximos dias desagradaram aos investidores.
O índice Dow Jones, o principal do mercado americano, teve queda de 1,09%. A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 1,16%.
O mercado imobiliário da maior economia do mundo também voltou a incomodar. E quem sofreu foram as ações de instituições financeiras: os papéis da Lehman Brothers recuaram 5,02%; Bear Stearns caiu 4,12%; e Goldman Sachs teve baixa de 2,79%.
O esperado discurso do presidente Fed (o banco central dos EUA), Ben Bernanke, não trouxe novidades em relação ao futuro da política monetária do país e acabou por ter pouco reflexo no mercado financeiro.
A Bovespa operou em alta apenas nos primeiros negócios do dia. Depois, passou ao vermelho e não se recuperou mais. Na mínima, recuou 1,36%.
Apesar das perdas de ontem, a Bolsa ainda computa valorização de 2,74% no mês. No ano, os ganhos totalizam 25,65%.
Na sexta, o índice Ibovespa, que acompanha a oscilação das 59 ações mais negociadas, fechou em sua máxima pontuação histórica: 56.443 pontos.
Dentre as perdas que deram o tom do mercado, houve alguns destaques de alta. A ação PN da Vivo, por exemplo, fechou com ganho de 3,01%. A alta da tele refletiu a notícia de que a espanhola Telefónica fez oferta à Portugal Telecom para comprar a parcela que os portugueses detêm na Vivo.


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