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PRODUÇÃO
Apenas RS tem retração no período, afirma IBGE
Celular leva indústria do Amazonas a crescer 20% no primeiro semestre
LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO
A produção industrial cresceu
em 13 das 14 regiões pesquisadas
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) no primeiro semestre em comparação ao
mesmo período do ano passado.
O melhor desempenho ocorreu
no Amazonas, cujas indústrias
cresceram em média 20,2%. O
destaque negativo ficou por conta
do Rio Grande do Sul, a única região em que houve retração: 3,1%.
Assim como no resultado nacional, que registrou crescimento
da produção industrial de 5% no
semestre, os números regionais
foram influenciados positivamente pelos setores de bens de
consumo duráveis e pelas indústrias voltadas ao mercado exportador, explicou André Macedo,
economista da Coordenação da
Indústria do IBGE.
O resultado no Amazonas no
semestre é creditado ao crescimento de 42,1% na indústria de
material eletrônico e equipamentos de comunicações, puxado pela
produção de telefones celulares,
voltados não só ao mercado externo como também para consumo nacional.
No outro extremo do país, o Rio
Grande do Sul apresentou o pior
resultado, principalmente por
causa do desempenho adverso do
setor de máquinas e equipamentos, que caiu 19,7% no período. A
queda na produção é reflexo do
cenário complicado da agroindústria no início do ano.
Das 13 regiões que apresentaram expansão, 8 ficaram acima
dos 5% registrado na média nacional. Além do Amazonas, cresceram mais que a média Paraná
(8,0%), Minas Gerais (7,7%),
Goiás (6,9%), Santa Catarina
(6,5%), São Paulo (6,3%), Ceará
(6,1%) e Pará (5,2%).
Macedo ressalta o crescimento
de São Paulo, não só pelo peso
que exerce no resultado do país
mas pelo predomínio do bom desempenho: dos 20 setores pesquisados, 17 apresentaram taxas positivas. Os destaques foram a indústria farmacêutica (26,7%),
edição e impressão (19,3%) e máquinas e equipamentos (12,5%).
Também com crescimento positivo, mas abaixo da média nacional, ficaram Nordeste (4,6%),
Espírito Santo (3,2%), Bahia
(2,3%), Pernambuco (1,9%) e Rio
de Janeiro (1,3%).
No Rio, o baixo crescimento é
justificado pelo desempenho desfavorável no setor de refino de petróleo e produção de álcool no
mês de junho (-28,6%).
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