São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005

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PRODUÇÃO

Apenas RS tem retração no período, afirma IBGE

Celular leva indústria do Amazonas a crescer 20% no primeiro semestre

LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO

A produção industrial cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado.
O melhor desempenho ocorreu no Amazonas, cujas indústrias cresceram em média 20,2%. O destaque negativo ficou por conta do Rio Grande do Sul, a única região em que houve retração: 3,1%.
Assim como no resultado nacional, que registrou crescimento da produção industrial de 5% no semestre, os números regionais foram influenciados positivamente pelos setores de bens de consumo duráveis e pelas indústrias voltadas ao mercado exportador, explicou André Macedo, economista da Coordenação da Indústria do IBGE.
O resultado no Amazonas no semestre é creditado ao crescimento de 42,1% na indústria de material eletrônico e equipamentos de comunicações, puxado pela produção de telefones celulares, voltados não só ao mercado externo como também para consumo nacional.
No outro extremo do país, o Rio Grande do Sul apresentou o pior resultado, principalmente por causa do desempenho adverso do setor de máquinas e equipamentos, que caiu 19,7% no período. A queda na produção é reflexo do cenário complicado da agroindústria no início do ano.
Das 13 regiões que apresentaram expansão, 8 ficaram acima dos 5% registrado na média nacional. Além do Amazonas, cresceram mais que a média Paraná (8,0%), Minas Gerais (7,7%), Goiás (6,9%), Santa Catarina (6,5%), São Paulo (6,3%), Ceará (6,1%) e Pará (5,2%).
Macedo ressalta o crescimento de São Paulo, não só pelo peso que exerce no resultado do país mas pelo predomínio do bom desempenho: dos 20 setores pesquisados, 17 apresentaram taxas positivas. Os destaques foram a indústria farmacêutica (26,7%), edição e impressão (19,3%) e máquinas e equipamentos (12,5%).
Também com crescimento positivo, mas abaixo da média nacional, ficaram Nordeste (4,6%), Espírito Santo (3,2%), Bahia (2,3%), Pernambuco (1,9%) e Rio de Janeiro (1,3%).
No Rio, o baixo crescimento é justificado pelo desempenho desfavorável no setor de refino de petróleo e produção de álcool no mês de junho (-28,6%).


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